Se a ficção dos filmes acaba por nos despertar algum medo, por vezes a realidade consegue ser ainda mais assustadora. Exemplo disso é um drone com inteligência artificial lançado por Israel com o objetivo de assassinar um cientista nuclear iraniano.
A missão foi realizada pela Mossad, em novembro de 2020, e o drone estaria equipado com uma metralhadora, câmaras e diversos softwares de Inteligência Artificial.
Israel usa drone com IA para atacar cientista nuclear iraniano
Segundo as informações avançadas pelo jornal The New York Times, a Mossad, o serviço secreto do Estado de Israel, terá usado um drone com Inteligência Artificial para assassinar um cientista iraniano, responsável pelo programa de armas nucleares, em novembro do ano passado.
De acordo com os detalhes revelados, este drone estaria equipado com uma metralhadora, câmaras e programas de IA.
A vítima, Mohsen Fakhrizadeh encontrava-se no seu carro juntamente com a sua esposa, na estrada de Absard, a leste de Teerão, quando sem que nada fizesse prever, o equipamento surgiu e fez 13 disparos.
Os diversos seguranças da Guarda Revolucionária que se encontravam no local ficaram surpresos sem saber de onde vinham os tiros. Tudo durou cerca de 60 segundos e apenas Fakhrizadeh foi atingido, tendo acabado por falecer.
Ao mesmo tempo, o responsável pelo comando do drone encontrava-se a mais de 1.600 km de distância a observar tudo através de um ecrã cujas imagens eram captadas pelas câmaras do dispositivo.
A metralhadora usada na operação foi um modelo FN MAG de fabrico belga. Esta arma foi modificada de forma a ser acoplada a todo o sistema tecnológico. Ao todo, o equipamento pesava cerca de uma tonelada. Mas foi desmontado estrategicamente por várias peças que, por sua vez, foram enviadas separada e secretamente para o Irão onde foi depois remontado.
No entanto, supostamente o drone deveria depois ter sido completamente destruído por alguns explosivos, o que não aconteceu. Desta forma a Guarda Revolucionária conseguiu analisar o equipamento e apurar do que se tratava.
Equipamento consegue disparar 600 tiros por minuto
Por sua vez, o The New York Times teve acesso a alguns relatos norte-americanos, israelitas e iranianos onde é referido que o assassinato a Fakhrizadeh foi um teste de precisão para este atirador computorizado. Segundo os detalhes, o drone, comandado via satélite, é capaz de disparar 600 tiros por minuto.
Contudo, a esposa da vítima, que estava sentada a poucos centímetros de Fakhrizadeh, não foi atingida por nenhum disparo. Este facto leva assim a concluir que a Mossad também utilizou programas de reconhecimento facial de forma a isolar o alvo do ataque.