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Imagine ser fiscalizado e eventualmente multado na estrada por um robô polícia

A tecnologia é tentacular. Como tal, não se surpreenda se um dia destes lhe for dada a indicação para encostar por um carro da brigada, mas quem vem ter consigo não é um agente da autoridade, é um robô.

Esta realidade ainda é muito “à americana”. Contudo, visa proteger os agentes e facilmente se poderá espalhar pelas autoridades de todo o mundo.


Da ficção para a realidade

Na ficção, o Robocop é um ciborgue que visa proteger os cidadãos e agir em conformidade com a lei. Na realidade há um robô que visa proteger os agentes de autoridade que são vítimas de agressão, algumas delas mortais.

Conforme pode ser visto no vídeo de apresentação da tecnologia, todos os anos, milhões de condutores são parados e, durante essa operação de stop, acontecem milhares de assaltos e agressões físicas acontecem. Muitas delas resultam na morte dos agentes.

Além disso, há também o risco de outros veículos, durante a operação stop, atingirem os agentes, principalmente em vias movimentadas. Nesse sentido, Reuben Brewer, o criador do sistema SRI Internacional, acredita que a sua criação pode ajudar a reduzir drasticamente os números de acidentes.

 

Sistema SRI International ou robô polícia para operações de stop

Reuben Brewer é engenheiro de investigação em robótica do Departamento de Tecnologias Aplicadas e Ciências da SRI International (ATSD). Segundo as informações que deu a conhecer, no SRI a sua equipa tem como objetivo inventar um futuro melhor.

A empresa atua na investigação em satélites espaciais, robótica no espaço, IA conversacional, IA cirúrgica, tecnologia quântica e robótica confiável.

No caso mais recente que apresentou, o engenheiro mostrou o seu primeiro robô dedicado a tornar o trânsito mais seguro para os agentes da polícia e condutores.

Segundo as estatísticas no continente americano todos os anos cerca de 17 milhões de condutores são atropelados no trânsito. Além disso, 195 078 dos condutores usam a força física, 4.488 oficiais são agredidos, 89 desses condutores morrem e 11 agentes também morrem.

 

Então porque não colocar os robôs a fazer certas tarefas de inspeção rodoviária?

Destes números e de uma realidade mais negra ao redor do planeta, surgir a ideia de criar um robô agente. Assim, o prototipo hoje pronto poderá já ajudar recorrendo a tecnologias banais do dia a dia.

No entanto, o robô da polícia não é projetado para substituir os seres humanos. Os agentes ainda farão a chamada a partir do carro-patrulha até ao veículo a inspecionar. Contudo, será o robô a criar uma distância segura entre os suspeitos e a polícia. Ambos irão permanecer dentro das viaturas durante a operação de fiscalização.

Este robô tem tecnologia que permite telepresença, incorporando vídeo, áudio, leitor de código de barras, ecrã tátil, impressora térmica, entre outros.

À medida que o robô se move ao lado de um veículo, ele também utiliza subtilmente uma ferramenta de perfuração sob o carro. Isto permite imobilizar a viatura (furando os pneus) se o condutor a inspecionar decidir fugir.

Em conclusão, este robô certamente não reduzirá os incidentes de fúria, é seguro assumir que os suspeitos irritados estarão ainda mais inclinados a atacar uma câmara e o ecrã que se afigura à frente dos olhos, mas certamente terá um nível de segurança muito maior para o agente.

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