As notícias dos últimos meses mostram bem que a Intel está mais do que empenhada em recuperar o tempo perdido e focar-se em apostar na inovação para conseguir estar um passo à frente da concorrência e responder aos pedidos dos clientes e do mercado.
Nesse sentido, a gigante californiana já começou a construir o seu novo campus designado Silicon Heartland, no valor de 100 mil milhões de dólares e que se destina à implementação de fábricas de chips das mais avançadas do mundo. O momento ficou marcado pela presença do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Intel aposta forte no fabrico de chips com novo campus
Nesta sexta-feira (9), a Intel contou com a presença de Joe Biden e do Governador de Ohio para assinalar o início da construção do seu novo campus Silicon Heartland. Nesta primeira fase, a gigante da Califórnia começará pela construção de duas fábricas para o fabrico de chips das mais avançadas em todo o mundo. O projeto envolve um investimento total de 100 mil milhões de dólares e pretende tornar a Intel cada vez mais bem preparada para responder à enorme procura por componentes.
A empresa anunicou o momento através do seu site oficial, onde o CEO Pat Gelsinger referiu que:
Hoje marca-se um momento crucial na jornada para construir uma rede de fornecimento de semicondutores mais equilibrada e geograficamente resiliente. O estabelecimento do Silicon Heartland é uma prova do poder dos incentivos governamentais para liberar investimentos privados, criar milhares de empregos bem remunerados e beneficiar a Segurança Nacional e Económica Não estaríamos aqui hoje sem o apoio dos líderes da Administração, do Congresso e do Estado de Ohio, que partilham a visão de ajudar a restaurar a América ao seu lugar de direito como líder no fabrico de chips avançados.
O projeto conta com um investimento inicial de 20 mil milhões de dólares, de forma a ser possível dar o pontapé de saída para o fabrico de chips da última geração, e o valor será destinado a cobrir as despesas inerentes às duas primeiras fábricas.
A Intel estima criar 7.000 empregos durante a construção do campus e mais 3.000 a longo prazo, especialmente nas áreas de manufatura e engenharia. As obras vão abranger um tolar de 4 km quadrados e o local terá capacidade para até 8 fábricas de semicondutores. É esperado que as fábricas comecem a produzir em meados do ano de 2025.
Para já ainda não se sabe qual o processo de fabrico que as instalações vão ficar responsáveis por produzir, no entanto assume-se que sejam as tecnologias mais avançadas do futuro, nomeadamente o processo Intel 20A e Intel 18A. Tal como será de esperar, as fábricas devem também contar com a tecnologia EUV (Ultra Violeta Extrema) para conseguir os resultados pretendidos.