O segmento dos processadores é dominado essencialmente pela Intel e pela AMD. No entanto, é uma vertente muito apelativa na categoria de hardware e, como tal, há quem entenda que deve estar cada vez menos dependente destas e de outras fabricantes. E esse é mesmo o objetivo da European Processors Initiative.
Assim, segundo o que foi agora revelado, a organização já concluiu a primeira fase para o desenvolvimento do seu próprio CPU.
Iniciativa Europeia de Processadores termina 1ª fase de desenvolvimento do seu CPU
A European Processors Initiative (EPI) anunciou esta semana que já concluiu a primeira fase de três anos para o desenvolvimento do seu próprio processador personalizado. Estes equipamentos foram adaptados aos diferentes modelos de utilização de que a União Europeia poderá necessitar.
Este projeto é composto por 28 entidades parceiras de 10 diferentes países europeus. O principal objetivo é que a UE conquiste a independência ao nível das tecnologias e infraestruturas para chips de computação de alto desempenho (HPC).
Através de uma publicação no seu site oficial, a organização explica detalhadamente todos os pormenores deste projeto e de todo o processo. Pode analisar toda a informação disponível aqui.
Das informações, a EPI destaca o processador Rhea para uso geral, uma prova do conceito do acelerador e microcontrolador de alto desempenho integrado para aplicações do ramo automóvel.
Assim, o sucesso desta primeira fase, SGA1, lança assim a iniciativa europeia para o início da segunda fase, que deverá começar já em janeiro de 2022. Estes resultados resultam de três grandes domínios de Pesquisa e Inovação: o Processador de Uso Geral (GPP), o Acelerador (EPAC) e o setor automóvel, através de diversas atividades comuns.
A empresa Atos, líder global em transformação digital, segurança cibernética, nuvem e HPC, é parceira da parte GPP. Juntamente com a SiPearl, empresa que traz ao mercado o processador europeu de alto desempenho e baixo consumo de energia, entre outros, a parceria visa definir especificações na arquitetura do Rhea.
Desta forma, é de esperar que daqui a mais alguns anos a União Europeia possa estar menos dependente da produção de processadores vindas de fabricantes de outros continentes.