Com a pandemia da COVID-19 mais controlada, achávamos nós que o problema dos chips eletrónicos estaria, também ele, resolvido. No entanto, praticamente ninguém esperava que rebentasse uma guerra que nos fizesse hoje estar a falar numa acentuada inflação e no aumento de preços.
Como tal, os dados recentes mostram que a Coreia do Sul vai cortar a sua produção de chips, considerando que se prevê a pior recessão dos últimos anos.
Coreia do Sul corta a produção de chips
Há vários países que se destacam na indústria tecnológica dos chips, e um deles é, sem dúvida, a Coreia do Sul, não só pela gigante Samsung, mas também por outros nomes como o grupo SK. Mas os mais recentes relatórios vindos do poderoso país asiático não são nada animadores. Segundo as informações, a Coreia do Sul está a desacelerar a sua produção de chips com o objetivo de reduzir o fabrico destes componentes. O motivo prende-se essencialmente com o facto de a procura deste mercado estar a baixar a nível global.
O ano de 2022 até tem sido positivo, mas o problema é o futuro, uma vez que a forte procura parou de crescer e as perspectivas económicas prevêem uma das maiores recessões e crises desde há vários anos.
De acordo com os detalhes, o mercado dos semicondutores apresenta uma vez queda de 1,7%. Este valor pode parecer baixo, mas a visão altera quando pensamos que o início do mês passado começou com um aumento de 17,3%. E para agravar a situação, as fábricas sul-coreanas contam com um excesso de stock de cerca de 67,3%, o que é uma percentagem bastante significativa. Além disso, é indicado que os envios das fábricas caíram pelo segundo mês consecutivo, na ordem dos 20,4%.
Assim, não faz sentido manter o ritmo da produção, uma vez que ainda existem produtos por escoar. E certamente que este problema terá mais manchetes, uma vez que não só afeta a Coreia do Sul, como a indústria de chips a nível mundial e, consequentemente, os consumidores.