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Cientistas chineses desenvolvem arma sónica que faz vibrar o cérebro e provoca dor intensa

A China tem enfrentado uma forte contestação em Hong Kong. Milhares de manifestantes pró-democracia têm, há várias semanas, invadido as ruas espalhando o caos. Com o intuito de afastar os grupos radicais, as forças de autoridade têm recorrido a balas de borracha, gás lacrimogéneo e a canhões de água. No entanto, este tipo de armas de repressão poderão passar para segundo plano. A China desenvolveu a primeira arma sónica portátil do mundo para controlo de tumultos.

Este tipo de arma, que supostamente está na classe das não letais, deverá ter um efeito realmente persuasor.


Arma não letal que recorre a ondas sonoras

Foi desenvolvido um instrumento, em forma de arma, que tem como função dispersar multidões. Essa nova “arma” foi pensada e concretizada em conjunto com as forças militares e policiais da China. Conforme está referido no site do Instituto Técnico de Física e Química da academia, as autoridades irão poder usar um equipamento que recorre a ondas focadas de som de baixa frequência.

O “efeito biológico” do dispositivo causará um desconforto extremo, com vibrações nos tímpanos, olhos, estômago, fígado e cérebro, disseram cientistas.

Os estudos datados de 1940 descobriram que a energia sonora de baixa frequência poderia, dependendo da intensidade e da exposição, causar tonturas, dores de cabeça, vómitos, espasmos intestinais, defecação involuntária, danos nos órgãos e ataques cardíacos.

 

China cria arma sónica portátil, mas (ainda) não a usou em Hong Kong

As armas sónicas são tipicamente grandes e têm de ser montadas em veículos. Até o desenvolvimento chinês, que não tem partes móveis, estes equipamentos eram alimentados por eletricidade para conduzir uma bobina magnética para gerar energia. Isso significava que precisavam de uma fonte de energia grande e estável.

O governo chinês lançou o programa de armas sónicas em 2017. Contudo, é pouco provável que a sua conclusão esteja relacionada com os meses de protestos antigovernamentais em Hong Kong.

Segundo o professor Xie Xiujuan, responsável do projeto, o dispositivo é alimentado por um recipiente em forma de tubo contendo um gás inerte. Quando aquecido, as partículas de gás vibram e um som profundo e monótono é emitido.

O protótipo passou em testes de campo e de terceiros e a equipa do projeto concluiu a sua avaliação dos efeitos do dispositivo no corpo, disse a academia.

Em 4 de setembro, um painel de cientistas e engenheiros representantes do Ministério da Ciência e Tecnologia se reuniu em Pequim e aprovou um projeto desenvolvido pela equipa da Xie para a produção em massa.

O painel sugeriu que o fruto do projeto deveria ser transformado em equipamento prático o mais rápido possível.

Referiu a academia.

 

Com aspeto de espingarda, pode ser usada em qualquer cenário

Numa fotografia no site do instituto, o dispositivo poderá ser visto em cima de uma mesa de reunião. Além da capacidade de ser portátil, esta nova arma parece uma espingarda, com carregador, gatilho e cano.

Apesar de haver muito interesse no assunto, os cientistas envolvidos recusaram-se a revelar detalhes. Assim, não se sabe nada ainda sobre a frequência do dispositivo ou o seu alcance efetivo. Além disso, Xie Xiujuan também se recusou a comentar sobre os seus usos sem a aprovação de autoridades superiores.

Além desta imagem e declaração, até agora, não houve relatos de soldados chineses ou agentes da lei a utilizar tal equipamento.

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