A China vai proibir a exportação de todos os drones civis não regulamentados que possam ser utilizados para fins militares ou em atividades terroristas.
A informação foi avançada pelo Ministério do Comércio da China, que anunciou que o país vai proibir, a partir do dia 1 de setembro, a exportação de todos os drones civis não regulamentados que possam ser utilizados para fins militares ou em atividades terroristas, bem como restringir certas características dos drones.
A decisão foi tomada, conforme recordado pelo Assoaciated Press, numa altura em que a China enfrenta críticas do Ocidente pela sua posição relativamente à invasão russa da Ucrânia.
Em comunicado, o Ministério do Comércio revelou, também, que a decisão foi tomada para evitar a utilização de drones na “proliferação de armas de destruição massiva”, acrescentando que aspetos como o equipamento de imagem infravermelha, os lasers para indicação de alvos e o equipamento de medição de inércia de alta precisão serão colocados numa lista de controlo das exportações.
Os meios de comunicação social e os serviços secretos do Governo dos Estados Unidos têm afirmado, frequentemente, que a Rússia comprou drones à China para uso militar.
Em abril, funcionários dos Estados Unidos que falaram com a The Associated Press, sob condição de anonimato para discutir descobertas sensíveis, disseram que as vendas da China à Rússia aumentaram e que os drones estariam a ser usados contra a Ucrânia.
Mais do que isso, revelaram que ambos têm trabalhado para produzir conjuntamente veículos aéreos não tripulados dentro da Rússia.
De facto, os drones tornaram-se parte integrante da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, tendo assumido um papel de destaque no conflito, e as autoridades americanas de segurança têm-se preocupado cada vez mais com a sua utilização.