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Análise: Samsung Google Nexus S

Foi há cerca de 3 semanas que chegou às nossas mãos, por parte da Vodafone, a mais recente aposta da Google em smartphones.

Visto pela primeira vez no passado mês de Novembro nas mãos de Eric Schmidt, ex-CEO da Google, o Nexus S foi lançado logo no mês seguinte nos EUA e elevou as expectativas, principalmente por ser o primeiro smartphone com a versão 2.3 (gingerbread) do SO Android.

Houve testemunhos que argumentaram e anteciparam um fracasso e outros que provaram, no mês seguinte, o sucesso de vendas. Após um uso intensivo durante 2 semanas, será a nossa opinião em conformidade?

Em resposta à questão, muito resumidamente, não surpreendeu. Ver-se-á porquê ao longo desta análise onde também serão feitas algumas comparações com o conhecido modelo Samsung Galaxy S.

Características gerais

O ponto mais forte neste smartphone é, sem dúvida, o design. As linhas direitas neste modelo não existem e a forma de concepção do ecrã dá-lhe um aspecto genial. Como (má) consequência disso, todo o resto se resume a plástico, como já é hábito na Samsung.

É no hardware que este smartphone mais desilude. Tal como referido no artigo “um primeiro olhar“, os principais componentes de hardware são exactamente os mesmos que os existentes no Samsung Galaxy S, lançado cerca de 9 meses antes deste Nexus S. Mais, existem no Galaxy S aspectos ainda superiores como o peso (119g no Galaxy S para 129g no Nexus S), uma interface melhorada (TouchWiz 3.0 UI, onde no Nexus S é a default do Android 2.3 um pouco mal conseguida), rádio FM com RDS, gravação de vídeo em 720p (onde no Nexus S grava a 480p)  e uma câmara fotográfica riquíssima em opções.

O Nexus S como vantagem tem comunicação NFC (actualmente irrelevante), Android 2.3 Gingerbread, flash LED e um design mais moderno.

Caixa, acessórios e hardware

Como sempre, é uma caixa bastante simples e apenas com o essencial:

O ecrã deste Nexus S é divinal. É designado por “Contour Display”, aparentemente inédito nestes aparelhos, é curvo, de vidro e tem uma camada oleofóbica, bastante suave ao toque. Todo este conjunto cria uma experiência de uso bastante confortável e prática.

Não sei se será por isso ou não, mas em determinadas situações é visível um grelha/matriz em todo o ecrã. Aparentemente será a interface para o toque capacitivo. Era mais interessante se não fosse visível.

Quanto a botões está disponível o botão sleep na extremidade direita e o controlo de volume na extremidade esquerda. Infelizmente o Nexus S carece do botão para a câmara fotográfica. Espera-se que a exclusão deste botão não “pegue moda” pois é bastante útil para a captura rápida “daqueles momentos”. Todos estes botões trazem já algumas folgas desagradáveis.

Na parte inferior existe a ligação micro USB, o microfone e o jack 3.5mm. No topo não existe qualquer interface.

Todo o ecrã está envolvido, na periferia, por um friso de plástico. É algo que também existe no Galaxy S (e talvez noutros modelos) e que é péssimo pois acumula bastante pó e sujidade. Durante duas semanas de uso é visível, abaixo, o pó acumulado. A sua limpeza parece-me ser impossível, pelo menos sem desmontar a carcaça.

No topo do ecrã encontram-se os sensores de proximidade e luminosidade, o altifalante de ouvido e a câmara frontal VGA. Na traseira está a câmara de 5MP, o flash LED e o altifalante.

Ao retirar a tampa traseira é possível ver algo não muito comum lá colado. E não é mesmo comum: trata-se da antena para a tecnologia NFC. São também visíveis os contactos que permitem a comunicação.

Como já mencionado, o que “aqui há mais” é plástico… a Samsung insiste em apostar no plástico, e pelos vistos de má qualidade. Vejamos o que, após duas semanas de uso cuidado, é possível ver na tampa traseira:

A par com isto esta tampa, embora não tenha folgas (pelo menos para já), é possível ouvir alguns ruídos quando se pega no smartphone devidos à tampa não estar tão bem fixa quanto devia e a laquear ligeiramente.

Como comparação de luminosidade no ecrã, coloquei o Nexus S lado a lado com o TMN a1 e com o Galaxy S, todos com a luminosidade no máximo.

O Nexus S é o que mais brilho tem e o Galaxy S é o que menos tem, provavelmente devido a ser AMOLED (embora se esperasse o contrário).


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  • Página 1
    • Características gerais
    • Caixa, acessórios e hardware
  • Página 2
    • Interface e novidades do Gingerbread
    • Autonomia
    • Câmara
    • Veredicto
  • Página 3
    • Especificações técnicas
    • Galeria

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Interface e novidades do Gingerbread

Esta interface preza pela simplicidade e rapidez, nada de funcionalidades avançadas. É bastante rápida, simples (até demais) e principalmente mais atraente que as anteriores.

Permite aceder rapidamente a um dos 5 ecrãs de widgets (com um clique longo no menu de aplicações), aceder às aplicações recentes (com um clique longo no botão Home) e é possível aceder rapidamente à gestão de aplicações a partir do botão Menu.

No entanto aponto-lhe várias falhas, a maior parte delas normalmente corrigidas em interfaces modificadas pelo fabricante ou nas ROMs disponibilizadas pela comunidade:

Como novidade, nesta versão existe um efeito overscrolling que intensifica a extremidade em cor amarela e foi melhorado o controlo do cursor de texto, agora muito mais prático para smartphones sem trackball.

Como novas aplicações instaladas de origem, existem apenas duas: a “Etiquetas”, para uso da tecnologia NFC, e a “Transferências” para um acesso rápido aos downloads feitos a partir do browser.

Mas as novidades do Gingerbread não ficam por aqui. Existem outras características, não visíveis directamente pelo utilizador, que são bastante importantes. Exemplo disso é o suporte integrado para chamadas VoIP/SIP e um melhoramento significativo no suporte para jogos, nomeadamente novas APIs e ferramentas de desenvolvimento. Tudo isto é um incentivo para os programadores tirarem melhor e mais fácil partido do hardware disponível de forma a aproveitá-lo ao máximo.

Autonomia

Segundo as especificações técnicas, o Nexus S consegue um tempo de stand-by até 713h (2G) / 428h (3G) e conversação até 14h (2G) / 6h40 (3G), valores sensivelmente iguais ao Galaxy S.

Esta informação pode não dizer muito mas é garantido que uma utilização diária relativamente forte com o Wi-Fi ligado a maior parte do tempo, bluetooth sempre ligado, algumas SMS e emails e cerca de 2h em conversação via bluetooth, a sua autonomia é cerca de 2 dias.

No entanto, para não correr o risco de ficar sem carga, o aconselhável é carregar todos os dias. Não prejudica em nada a bateria e evita situações inesperadas.

Câmara

Esta câmara fotográfica, de 5MP, aparenta ser acima da média. O equilíbrio de cores é coerente e consegue bons resultados em ambientes de menor luminosidade. O flash LED é também o bom recurso para “desenrasque” numa situação em que se pretenda “agarrar” o momento.

Infelizmente as opções disponíveis na câmara são poucas mas suficientes para boas fotos. Como exemplo, na análise do Acer Liquid Metal foi possível ver que não vale de nada uma câmara cheia de opções interessantes quando o sensor não presta.

Deixo duas fotos em macro tiradas às escuras com o flash. O equilíbrio de luminosidade deu um óptimo resultado já que a intensidade de luz era muita, a escassos 5cm do objecto:

Como comparação com o Galaxy S, deixo 3 fotos tiradas nas mesmas situações. À esquerda estão as fotos do Nexus S e à direita do Galaxy S.

Nexus S vs Galaxy S #1
Nexus S vs Galaxy S #2
Nexus S vs Galaxy S #3

As fotos do Nexus S parecem-me superiores, não por muito, mas é perceptível. A ligação contida nas miniaturas é para a foto original.

Veredicto

Este Nexus S é um smartphone bastante bonito e rápido mas não impressiona. Aquando do seu lançamento mereceu a qualidade de melhor smartphone Android mas rapidamente ficou ultrapassado, mais precisamente devido ao seu hardware não trazer nada de novo e ter, ainda assim, alguns pontos inferiores ao Galaxy S.

Há mesmo quem não o queira como substituto do seu antecessor da HTC, o Nexus One, já que as características não diferem em demasia. Contudo, este Nexus S será sempre dos primeiros condecorados com as actualizações provenientes da Google já que o seu SO é 100% feito pela Google e suportado pela mesma, não precisando assim de um fabricante como intermediário.

Pontos fortes

Pontos fracos

O seu preço actual na Vodafone é de €499.90 nas lojas físicas e de €489.90 na loja virtual. Considero este preço bem a cima do que estaria disposto a pagar por ele.


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    • Caixa, acessórios e hardware
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    • Especificações técnicas
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Especificações

Conectividade

Ecrã

Tamanho e peso

Hardware

Processador e memória

Câmaras e multimédia

Bateria

Software

Galeria

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