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Análise: Nokia Lumia 630

O Nokia Lumia 630 apresentou-se ao mundo como o primeiro smartphone da união entre a Microsoft e a Nokia e também como o primeiro a correr o Windows Phone 8.1.

Numa palete de cores vibrantes, seguindo tendência Nokia e também as preferências de mercado, o Lumia 630 é um Dual SIM que pretende atingir um segmento de mercado mais baixo, com menos poder de compra.

Felizmente que o mercado está a mudar e a oferta de smartphones de gamas mais baixas, naturalmente mais acessíveis, começam a surgir no mercado com qualidade cada vez maior. Caso disso, é por exemplo o Android Moto E da Motorola que analisámos há poucos dias.

Mas se a oferta de dispositivos Android de entrada de gama é vasta, a verdade é que para quem procura uma alternativa a este sistema operativo, fica bastante limitado, e é contra esta limitação que a Nokia, agora sob o comando da Microsoft, pretende lutar.

O Lumia 630, disponível em Portugal desde o início de Junho, encontra-se a um preço médio de 180 euros e é o primeiro Nokia Lumia disponível nas versões Single e Dual-SIM. Neste momento já se encontra também disponível o Lumia 635, com as mesmas características do 630 mas com conectividade 4G/LTE integrada.

O Lumia 630 traz consigo um processador Qualcomm Snapdragon 400, Quad-core a 1.2 GHz, com apenas 512 MB de memória RAM e 8 GB de memória interna, expansíveis até 128GB através de cartão microSD. O ecrã de 4.5 polegadas tem uma resolução de 480 x 854 píxeis, com uma densidade aproximada de 218ppp. Apesar da baixa resolução a reprodução de cores é muito boa. Este foi o primeiro smartphone a chegar ao nosso mercado com o Windows Phone 8.1 integrado.

 

Especificações

  • Sistema Operativo: Microsoft Windows Phone 8.1
  • Processador: Qualcomm Snapdragon 400, Quad-core @ 1.2 GHz Cortex-A7
  • Memória RAM: 512 MB
  • Memória interna: 8 GB
  • Memória externa: cartão microSD até 128GB
  • Ecrã: LCD IPS 4.5″, resolução 480 x 854 píxeis (218 ppp), protecção Corning Gorilla Glass 3 e ecrã ClearBlack
  • Câmara traseira: 5 MP, 2592 х 1944 píxeis, foco automático, vídeo 720p@30fps
  • Conectividade: Wi-Fi 802.11 b/g/n, DLNA, Wi-Fi hotspot, Bluetooth v4.0
  • Sensores: Acelerómetro
  • Bateria: 1830mAh Li-Po, com autonomia em Stand-by até 648h e em conversação até 16h(2G) e 13h (3g)
  • Dimensões: 129,5 x 66,7 x 9,2 mm, 134 g

 

Design e características gerais

Com uma dimensão bastante agradável para as 4.5″ do ecrã, são 12,95 centímetros de altura e 9,2 milímetros de espessura, este Nokia pesa 134 g. A construção, apesar de toda ela ser em plástico, desde a capa traseira, a toda a estrutura interior, é bastante resistente e durante os testes em que a capa foi retirada e colocada várias vezes, mais do que numa utilização normal, não surgiram quaisquer folgas. Relembro a análise ao Wiko Rainbow com uma estrutura semelhante à deste Lumia, onde um dos problemas detectados era mesmo esse das folgas e “consequente ruído na capa/tampa”, o que denota uma clara qualidade superior da Nokia nos materiais utilizados na construção deste equipamento.

O ecrã é ClearBlack e inclui a protecção Corning Gorilla Glass 3, mas é muito propício a dedadas e a gordura é muito difícil de limpar e, além do mais, a camada táctil é demasiado evidente a olho nu.

Este é um smartphone claramente desenhado para os mais jovens e para aqueles que mais gostam de arriscar, não só pelo tamanho que faz com que caiba em qualquer bolso mas também pelas cores que ostenta. O laranja, o verde e o amarelo fluorescentes são as cores fortes que o caracterizam, mas existem ainda as versões em branco e preto.

As laterais são bastante simples e o obturador característico dos Lumias desaparece neste modelo, graças ao Windows Phone 8.1. Do lado direito apenas vêm assim incluídos o botão de Power e de Volume. O botão Power encontra-se a meio da lateral o que acaba por não ser muito prático, mas obviamente que esta é uma questão pessoal e com a utilização diária acaba por não ser um factor negativo.

Os botões Windows, Retroceder e de Pesquisa estão incluídos no ecrã e quanto a eles não há qualquer alteração face aos Lumias anteriores, contudo, a vibração ao toque era totalmente dispensável. O único microfone encontra-se em baixo no final do vidro do ecrã e na lateral inferior encontra-se a porta microUSB. Em cima, na frente, não vem qualquer sensor como é habitual, já que o Lumia 630 apenas traz o acelerómetro como único sensor. Actualmente o sensor de proximidade e de luminosidade são características que deveriam ser consideradas como básicas.

O modelo que tivemos em análise foi o Dual-SIM, assim sendo, no interior do Lumia 630, do lado esquerdo da bateria de 1830mAh vêm incluídas as ranhuras para os dois cartões micro-SIM e ainda a do cartão microSD, sendo que a colocação do microSD e do micro-SIM 1 obriga à remoção da bateria.

Para não encarecer ainda mais o equipamento, dentro da caixa vêm apenas incluídos o Nokia Lumia 630, um carregador eléctrico, a garantia e mais uns quantos folhetos. Sendo a Nokia uma marca associada também à música, com uma panóplia de acessórios disponíveis para o efeito, faria todo o sentido que viessem incluídos nesta caixa uns auriculares. Como estamos na Era da Cloud e para a Microsoft um dos seus lemas é o “Cloud-first” o cabo de transmissão de dados também não vem incluído na caixa, o que para quem ainda não está familiarizado com a cloud esta poderá ser uma desvantagem.

 

O Windows Phone 8.1

O Nokia Lumia 630 apresentou-se como o primeiro smartphone a integrar a mais recente versão do sistema operativo da Microsoft e as primeiras diferenças são perceptíveis com alguns minutos de utilização.

Uma das exigências que os utilizadores do WP faziam prendia-se com uma barra de notificações completa e com algumas opções rápidas como o acesso ao Wi-Fi, Bluetooth, entre outras. Agora ela existe, ainda assim, para quem está habituado à barra de notificações do Android, notará alguma imaturidade do sistema e o mesmo se aplica às “acções rápidas”.

O ecrã principal, que alberga uma grande quantidade de aplicações, está mais produtivo principalmente devido à possibilidade de aumentar o número de mosaicos disponíveis quase não havendo necessidade de deslizar o ecrã para encontrar as aplicações que mais utiliza. Está também mais personalizável, enquanto que dantes apenas era possível trocar de cores, agora pode colocar-se uma imagem de fundo que tira partido de alguns mosaicos que se tornam transparentes.

Existe uma série de outras novas funcionalidades que merecem ser destacadas, nomeadamente a Partilha de Internet, a Navegação offline e ainda o novo teclado com a opção de escrita flow.

A gestão dos diferentes cartões SIM é feita de uma forma bastante mais produtiva do que a que se encontra nos dispositivos Android. Neste caso, tendo os dois cartões, o 1 e o 2, colocados e sabendo a que número corresponde cada um deles (as ranhuras dos cartões estão devidamente identificadas) é muito mais difícil haver enganos na troca da rede a utilizar, já que para um dos cartões existe o respectivo mosaico de marcador de chamadas e de mensagens.

Para a utilização dos dados móveis é necessária a configuração prévia nas definições do smartphone.

Nesta análise vale ainda a pena destacar algumas aplicações originais da Nokia e do Windows Phone:

Estas são apenas algumas das aplicações, mas existe muitas outras que poderiam fazer parte desta pequena lista, porque apesar a loja de aplicações da Microsoft não ser muito recheada de apps, as que tem de origem oferecem grandes vantagens aos seus utilizadores.

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Em termos de desempenho, o Lumia 360 é muito bom quando se fala de fluidez e execução das aplicações, não bloqueia nem encrava, contudo tem alguns problemas que se espera que estejam na mira da Microsoft para serem solucionados. Em primeiro lugar, a definição automática de data e hora não funciona convenientemente, o que poderá levar a problemas de sincronização das contas. Depois, tem inúmeras situações que obrigam o reinicio do smartphone, a simples mudança de idioma o obriga. Neste smartphone em específico, a falta de sensor de luminosidade faz com que ele só tenha 3 opções de luminosidade (que podem ser editadas), alta, média e baixa.

A possibilidade de correr aplicações em segundo plano e a melhor gestão de troca e encerramento das mesmas são uma vantagem acrescida.

 

Fotografia e Vídeo

A única câmara do Nokia Lumia 630 tem 5 megapíxeis, não inclui flash, captura imagens com uma resolução máxima de 2592 х 1944 píxeis e de vídeo de 720p a 30 fps. Obviamente, ao tratar-se de um smartphone destinado a uma faixa etária mais jovem, uma câmara frontal seria essencial, não só para as selfies como também para as video-chamadas, até porque vem com umas das melhores aplicações para o fazer instalada, o Skype.

 

Diferentes lentes, resultados semelhantes

Existem aplicações Nokia exclusivas para a captura e edição de imagens, que incluem algumas definições de edição avançadas e mais uma vez dispensam aplicações de terceiros para o mesmo objectivo.

A Câmara, a aplicação nativa do Windows Phone 8.1, e a Nokia Camera são bastante idênticas em termos de qualidade na captura automática das fotografias, mas a Nokia Camera oferece mais opções de captura de configuração manual rápida, enquanto que as da Câmara estão definidas em diferentes cenários pré-configurados.

A aplicação Nokia Glam Me vem colmatar a falta da câmara frontal para a captura das selfies. Esta é das melhores aplicações para o efeito numa câmara traseira. Ao detectar uma cara, ela emite um sinal sonoro a indicar essa acção, foca automaticamente e em seguida passa um filtro para correcção de imperfeições. Depois ainda é possível aplicar por cima outros filtros animados à fotografia.

Tendo em consideração da experiência da Nokia relativamente às câmaras fotográficas em telemóveis, seria de esperar que a deste equipamento fosse um pouco mais surpreendente, tanto em termos de características como de qualidade de imagem final. Ainda assim, dentro da gama onde se insere, não desilude nada.

Confira a qualidade com alguns exemplos de imagens capturadas em diferentes ambientes.

 

Veredicto

A autonomia do Lumia 630 é bastante razoável, durando um ciclo de bateria 2 ou 3 dias, com uma utilização moderada. Em utilização intensiva, ou seja, com várias chamadas e SMSs, sincronização automática, gestão de email, consulta de redes sociais, pesquisas no browser, captura de imagens, jogos, com o Wi-Fi sempre ligado e aplicações a correr em segundo plano, aguentou cerca de dia e meio.

O desempenho é bastante positivo, sem problemas de bloqueios, muito fluido, à excepção de quando se move o ecrã inicial ou das aplicações com o dedo fixo no ecrã. Contudo, as várias actualizações de sistema e reinícios “obrigatórios” acabam por ser desagradáveis.

Um dos problemas do Windows Phone 8 e que se repete no Windows Phone 8.1 é a organização das definições, só quem já estiver muito ambientado à disposição das opções é que consegue uma gestão eficiente, já que não se consegue encontrar uma lógica na forma como estão dispostas.

No universo Android existem smartphones com características superiores ao deste Lumia 630, na mesma gama de preços. Recordo que se encontra a preços que rondam os 180 Euros, dependendo do local de compra. Contudo, o suporte que a Microsoft se compromete a dar a todos os seus dispositivos, conferem-lhe uma vantagem face a alguns dispositivos Android que nem quando são lançados incluem as versões mais recentes do sistema operativo.

 

Aspectos positivos

 

Aspectos negativos

O Pplware agradece à Microsoft a cedência do Nokia Lumia 630.

Nokia Lumia 630

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