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Análise: Microsoft Surface RT

A Microsoft apostou num novo segmento e concebeu o seu primeiro dispositivo: o Microsoft Surface RT.

Foi dado a conhecer ao mundo em Junho passado, foi lançado em Novembro, chegou a Portugal em meados do mês passado e às nossas mãos poucos dias depois.

Após termos publicado as primeiras impressões, deixamos a nossa análise com todos os pormenores deste elegante tablet.

1 – Notas iniciais

Steve Ballmer, CEO da Microsoft, enunciou uma frase que dita a ideia e estratégia por detrás deste produto e do ecossistema que o rodeia: “Somos uma empresa de dispositivos e serviços”.

Até agora, a Microsoft era apenas uma empresa de serviços e produção de software. Os horizontes alargaram e agora saíram à rua dois dispositivos inovadores: o Surface RT e o Surface Pro.

Tal como já por aqui dissemos algumas vezes, o Surface RT está equipado com um processador de arquitectura ARM, o que condiciona a execução de aplicações que não tenham sido compiladas para essa arquitectura. No Surface Pro podem ser utilizadas todas as aplicações, tal como num computador vulgar.

“Os tempos” são de adaptação e a loja de aplicações fica mais rica a cada dia que passa, no entanto o processo pode não ser tão rápido quanto o desejado. Há já várias aplicações – nomeadamente open-source – que foram compiladas para poderem ser executadas em processadores de arquitectura ARM (Audacity, Putty, Notepad++, 7Zip, etc – lista aqui), o que dá um empurrão generoso à utilidade do Surface RT… não fosse a impossibilidade de as instalar, já que só o é possível fazer oficialmente a partir da loja online.

Como é apanágio, este tipo de restrições é apetecido pelos entusiastas e é possível fazer Jailbreak ao Windows RT de modo a instalar e executar aplicações externas à loja. O procedimento é minimamente intrusivo e completamente reversível. Já o publicámos neste artigo: Saiba como fazer Jailbreak no Windows RT.

Manobras à parte, vamos ao que interessa.

 

2 – Características gerais e design

O Surface RT foi anunciado em Outubro passado, há 6 meses, e a tecnologia evolui a uma velocidade estonteante. Mesmo com a tardia chegada a Portugal, o Surface RT ainda continua competitivo a nível de características, mas não impressiona. Embora tenha sido apresentado enquadrado com a concorrência, a demora no seu lançamento foi evidente. Como exemplo, os primeiros equipamentos com o SoC Nvidia Tegra 3 foram lançados no final de 2011 ~ início 2012, o que coloca os actuais compradores do Surface RT com um produto que é “novidade” mas equipado com um SoC com mais de 1 ano de idade.

Dado isso o desempenho não é “bombástico”, apenas satisfatório. A maioria dos movimentos de interacção na sua interface são suaves, fluidos e agradáveis, onde é evidente o trabalho feito no Windows 8 para a utilização táctil.

Topo – botão Power/Sleep.

O ecrã é de 10.6″ e tem um formato 16:9 de resolução 1366×768 píxeis, com densidade de ~148ppp: não é uma densidade extraordinária (como o é no Surface Pro ou iPad), mas é perfeitamente suficiente para uma utilização agradável. O formato 16:9 é óptimo para algumas tarefas, como a visualização de fotos ou vídeos, jogos ou qualquer outra utilização quando colocado no Kickstand (utilização na horizontal), no entanto na posição vertical torna-se desajustado e é notória a dificuldade que os conteúdos têm em adaptarem-se e manterem a usabilidade conseguida no formato horizontal.

Quanto à reprodução de cor, o ecrã é bastante equilibrado e a retro-iluminação é uniforme (sem backlight bleeding evidente). A intensidade máxima do brilho é suficiente para que a utilização do Surface no exterior, com luz natural muito intensa, possa decorrer sem grandes problemas. Em termos de sensibilidade táctil é bastante equilibrado e não surgiu qualquer problema quanto a isso.

Lateral esquerda – botão de volume, saída de som jack 3.5mm e altifalante.

A quantidade de interfaces disponíveis para ligar a dispositivos externos é bastante interessante. Tem entrada para dispositivos USB (armazenamento, controlo, interacção, impressão e outros), saída micro-HDMI (Type D), jack de som 3.5mm e slot para cartão microSD até 64GB. Além de tudo isto, tem obviamente as ligações mais comuns como Wi-Fi 802.11 a/b/g/n (com Wi-Fi Direct, dual-band), Bluetooth 4.0 e sensores como acelerómetro, giroscópio e bússola electrónica.

Lateral direita – altifalante, saída de vídeo micro-HDMI e porta USB 2.0.

Carece de sensor GPS, que na verdade perde algum sentido com a ausência de uma ligação de dados móvel (o Surface RT não tem versão 3G), no entanto já começa a ser prática comum utilizar um smartphone como ponto de acesso móvel, o que inviabiliza a utilização do Surface RT para navegação (mesmo que seja passada uma localização aproximada pela ligação Wi-Fi). Como exemplo, o Nexus 7 versão Wi-Fi tem sensor GPS interno. Carece ainda de NFC, que está cada vez mais popular.

O som é Stereo e de qualidade, considerando o tipo de dispositivo e o tamanho dos altifalantes inerentes. Dada a sua localização (no topo), conseguem reproduzir uma envolvência fantástica e criam verdadeiramente efeito Stereo, quando usado na posição horizontal.

Também as capas/teclado, quer a Touch Cover (capa táctil com 3mm de espessura) ou Type Cover (capa com teclado normal com 5mm de espessura), têm qualidade “premium”. A capa táctil (Touch Cover) necessita de alguma prática para que o utilizador consiga atingir uma boa eficiência na sua utilização. No início, pelo menos, é favorável utilizar o feedback de som de tecla premida para ter a certeza que a tecla foi premida. Na capa Touch Cover noto um único pormenor na qualidade: o “tecido”, na parte onde tem o teclado, não está agarrado à parte de baixo o “flutua” um pouco, dando ideia de imprecisão.

Ambas as capas, quando totalmente abertas (a tocarem na parte traseira do tablet), desactivam o teclado, o que é óptimo!

Discreto, sóbrio, elegante… são alguns adjectivos que considero adequados para o Surface RT. Os materiais de construção e cuidado nos acabamentos são de topo. Tem uma qualidade de construção soberba, um aspecto sólido, robusto e é perfeitamente notório que cada pormenor foi pensado com muito cuidado. Tem um toque frio (literalmente) o que demonstra que é de metal, dando-lhe imediatamente um toque de qualidade. Na verdade é uma liga de magnésio, apelidada de VaporMg, que torna possível uma carcaça com espessura de apenas 0.65 mm, ideal para um produto fino, mas rígido ao mesmo tempo. O Surface é formado por 7 camadas de diferentes tipos.

A liga de magnésio VaporMG tem uma textura bastante semelhante ao alumínio escovado mas, eventualmente devido à cor negra, fica manchada muito facilmente devido à transpiração e gordura natural das mãos. Tentei limpar de várias formas, para que ficasse sem qualquer mancha, mas não tive sucesso.

A firmeza com que o Kickstand – pequeno suporte integrado – abre e fecha, a facilidade com que se liga o teclado táctil Touch Cover – que se une facilmente com recurso à atracção magnética – e a simplicidade com que se liga o carregador de bateria, com recurso também a atracção magnética e com dupla posição, são pormenores que brilham neste tablet Microsoft.

Um pequeno pormenor evidente na foto acima, também evidenciado anteriormente em alguns dispositivos como o Samsung Nexus S ou o Asus Transformer Pad TF300, é a possibilidade de visualizar a grelha táctil em condições de ecrã escuro combinado com um pequeno reflexo. Seria melhor se não fosse notada a sua existência, obviamente.

Especificações

  • Sistema Operativo: Windows 8 RT
  • Processador: ARM (nVidia Tegra 3+)
  • Peso: 680 g
  • Espessura: 9.3 mm
  • Ecrã: 10.6″ ClearType HD Display
  • Consumo: 31.5 W-h
  • Conectividade: microSD, USB 2.0, Micro HD Video, Antena MIMO 2×2 MIMO
  • Câmara: frontal e traseira
  • Software: Office Home & Student 2013 RT
  • Interface: Touch Cover, Type Cover
  • Capa: VaporMg Case & Stand
  • Capacidade: 32GB ou 64GB

Índice

  • Página 1
    • 1 – Notas iniciais
    • 2 – Características gerais e design
  • Página 2
    • 3 – O “conceito” Surface
    • 4 – As aplicações
    • 5 – Câmaras
  • Página 3
    • 6 – Desempenho
    • 7 – Autonomia
    • 8 – Veredicto

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3 – O “conceito” Surface

Muitos dizem que o Surface RT é o tablet ARM que melhor desempenha o papel de PC… e eu concordo. Não há nenhum outro tablet ARM que, à saída da caixa, esteja tão bem preparado para uma diversificada quantidade de tarefas como o Surface.

A rapidez e facilidade com que se coloca uma capa para utilizar como teclado, a simplicidade com que se abre o Kickstand, a existência de uma porta USB para ligar o periférico preferido (como um rato, teclado, Webcam, impressora ou até um HUB com portas para tudo isso em simultâneo), o acesso permanente ao Ambiente de trabalho tal e qual é utilizado no PC, a suite de trabalho mais popular e completa de sempre – o Microsoft Office 2013, claro está – que está disponível em todo o seu esplendor… e como não poderia deixar de ser, o conjunto de aplicações nativas do Windows, que todos conhecemos.

Não me vou referir em detalhe ao Windows 8 RT. O Windows 8 é já amplamente conhecido, já publicámos dezenas e dezenas de artigos relacionados com esse sistema operativo, e o Windows RT não é mais que o Windows 8 compilado para processadores de arquitectura ARM. Tem algumas adaptações e restrições, está protegido contra instalação de aplicações provenientes de fontes desconhecidas e está limitado às aplicações que existem na Loja de aplicações online. Os conteúdos Flash, que anteriormente tinham algumas restrições e só alguns (poucos) sites eram suportados, desde o passado dia 12 de Março com a actualização do IE10, já correm sem problemas todos os conteúdos Flash.

O conjunto de movimento implementados, para interacção com a interface moderna, são um must para utilização com os dedos. Todos eles têm início numa das extremidades da moldura: extremidade inferior ou superior para abrir o menu; extremidade superior, desde o topo até à base, para fechar uma aplicação; extremidade lateral esquerda para alternar entre uma aplicação, colocá-las em multi-janela ou mostrar a barra lateral com as últimas 5 aplicações abertas; e a extremidade lateral direita, que mostra a Charms Bar.

Na verdade, todos estes movimentos estão disponíveis em qualquer Windows 8, desde que tenha uma interface táctil como entrada, ou em qualquer outro tablet com Windows RT. No entanto, fazemos referência aqui aos diferentes movimentos pois o Surface é, de longe, o mais popular dispositivo de interface táctil com o Windows 8.

 

4 – As aplicações

Quem é utilizador do Windows 8 já está familiarizado com as aplicações incluídas nesse sistema operativo. O Windows RT não é excepção. Inclui um conjunto interessante de aplicações de design moderno e depois as vulgares aplicações que acompanham o Windows, incluindo o Explorador do Windows, Painel de Controlo, Windows Media Player, Linha de comandos e todas as outras aplicações.

Actualmente, um dispositivo vive de aplicações, é isso que lhe enriquece a “alma”, e cada utilizador tem um conjunto de aplicações adequado às suas necessidades. Mas… e se esse conjunto não satisfizer a exigência?!

Como já referido, a instalação de novas aplicações está dependente da Loja de aplicações do Windows. É certo que essa limitação é uma versão da receita de sucesso, que já existe no ecossistema Apple e Google, e onde a Microsoft está a trabalhar arduamente para ter também uma loja de aplicações competente e ao nível da concorrência.

Recentemente foi dado a conhecer que a Loja de aplicações Windows chegou às 50 mil aplicações, um número já bastante interessante mas longe da concorrência, essencialmente em variedade e riqueza de conteúdos.

Os programadores são bastante incentivados a apostar na plataforma, até com alguns valores monetários já oferecidos pela Microsoft, e é provável que brevemente a Loja Windows seja a metrópole da estreia de grandes aplicações… mas para já o que está à vista é que é uma Loja de aplicações modesta, pouco diversificada e em claro desenvolvimento.

Aplicações como Facebook, Instagram, VLC, Google Chrome, Flipboard, YouTube e todo um conjunto de aplicações mais que enraizadas nas outras plataformas, simplesmente ainda não existem na Loja Windows e, consequentemente, não poderão ser utilizadas no Windows RT. Recorrendo ao Jailbreak é possível correr algumas aplicações interessantes, de ambiente Desktop, que já foram compiladas para processadores de arquitectura ARM… o que é uma óptima notícia, embora não oficial.

E porque o Windows não é Windows sem o belo do “ecrã azul da morte” (ou BSOD – Blue Screen of Death), também isso é uma característica no Surface. Aconteceu enquanto copiava os screenshots para a Pen Drive USB.

Em relação ao Browser, o Internet Explorer, também aqui está disponível na versão de design moderno, adequada para utilização com os dedos, e a versão normal Desktop para utilização com o rato.

É lamentável a escassa configuração que é possível fazer no teclado presente no ecrã. Quando surge, ocupa imediatamente metade do ecrã, num tamanho enorme, sem possibilidade de o configurar. Há uma opção, que lança o teclado em menor dimensão e dividido ao meio (metade das teclas para cada lado), mas torna-se bastante pouco flexível e não existem, na Loja online, aplicações teclado tal como no Android. O reconhecimento da caligrafia, também parte integrante do mesmo teclado, funciona muito bem.

 

5 – Câmaras

Um tablet nunca foi, não é, e muito menos será apropriado para capturar fotos. Não deixa de ser relativamente vulgar ver algumas pessoas com o tablet nas mãos e os braços estendidos para posicionar a câmara e capturar a foto, ou vídeo. No Surface, é claro que também isso é possível mas o propósito das duas câmaras existentes não é claramente esse.

O Surface insere-se num propósito de trabalho, de ligação ao mundo e facilidade de comunicação. É esse o propósito da existência das câmaras, ambas de 1.2MP e vídeo a 720p. A vídeo-chamada é a verdadeira utilidade das câmaras, quer na câmara frontal (posicionada ao centro, no topo, na posição horizontal) quer na traseira.

Há um pormenor interessante que tem em conta o ângulo que o Surface faz com a vertical, enquanto é utilizado no Kickstand. São 22º de inclinação com a vertical e é esse mesmo ângulo que a câmara traseira faz com a horizontal. Confuso?! Não, é simples, basta pensar que o Surface, ao estar suportado com o Kickstand e consequentemente inclinado, tem a câmara a apontar exactamente para a frente, e não para a superfície onde o Surface está assente. Dessa forma, numa vídeo-conferência, as câmaras podem ser facilmente alternadas tendo em vista a vantagem em não ser necessário, sequer, mudar a posição do tablet para capturar ambos os planos.

Ainda assim, fiz questão de capturar alguns exemplos que deixo abaixo.

 

Resumindo, a qualidade das fotos é claramente má, mas não isso considero um ponto negativo. Definitivamente Um tablet não deve servir de máquina fotográfica.

Índice

  • Página 1
    • 1 – Notas iniciais
    • 2 – Características gerais e design
  • Página 2
    • 3 – O “conceito” Surface
    • 4 – As aplicações
    • 5 – Câmaras
  • Página 3
    • 6 – Desempenho
    • 7 – Autonomia
    • 8 – Veredicto

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6 – Desempenho

Como já referido no primeiro ponto desta análise, o SoC Nvidia Tegra 3 surgiu no Surface cerca de 1 ano depois de se ter estreado num dispositivo. Não haja dúvida que o Tegra 3 é bastante poderoso, porque o é realmente, mas a concorrência não parou e, comparando com o que existia na altura do lançamento do Surface (e agora ainda pior), o Tegra 3 considera-se apenas como um bom “motor”, mas não de topo.

Concretamente, trata-se do chipset Nvidia Tegra 3 T30, com um CPU Quad-core Cortex-A9 a 1.3GHz e o GPU ULP GeForce, exactamente o mesmo que equipa o Asus Transformer Prime TF201 (anunciado em Outubro de 2011 e lançado em Dezembro do mesmo ano).

Na prática, o Tegra 3 desempenha a sua função com dignidade mas é evidente que o Windows RT, na generalidade, é um pouco “mais pesado” que o Android, comparando os tablets com o mesmo SoC. Poderá eventualmente dever-se ao Kernel do Windows RT, que poderá carecer ainda de alguma optimização, mas o que é facto é que nenhum Android consegue oferecer um ambiente de trabalho tal como o Surface oferece. Portanto, se esse for o preço a pagar, então o Surface poderá ser um bom negócio, considerando este ponto.

O novo 3DMark ainda não está disponível para os sistemas operativos móveis e, por isso, não estão disponíveis benchmarks compatíveis entre ambas as plataformas que consigam englobar todos os aspectos do sistema.

Optei por utilizar dois benchmarks: o PeaceKeeper e o SunSpider. Para tal utilizei o Internet Explorer, na interface moderna, e a aplicação Google Search (que utiliza o motor do IE).

O IE tem clara vantagem, até porque o Google Search assenta sobre o IE.

No mesmo mês de anúncio do Surface, a Apple anunciou a 4ª iteração do iPad e faz algum sentido comparar os resultados dos mesmos benchmarks, já que são compatíveis entre as plataformas. Eis o resultado:

O iPad apresenta clara superioridade em ambos os testes – SunSpider com 1052 contra 855 do iPad (menor é melhor) e PeaceKeeper com 327 contra 943 do iPad (maior é melhor). Os resultados são influenciados por diversos factores, que não vão ser aqui discutidos, e obviamente não representam um rendimento geral mas apenas o desempenho do Browser aliado ao processamento. Fica a informação, que vale o que vale, mas note-se que ambos os dispositivos foram anunciados e lançados nos mesmos meses.

Corri ainda um Benchmark que testa o desempenho do armazenamento interno, CPU, GPU e memória: Speed Test Pro. Essa aplicação existe apenas na Loja Windows, pelo que não é possível comparar directamente os resultados com outros dispositivos a que temos acesso

Apenas o resultado correspondente à memória RAM pareceu bastante desajustado.

 

7 – Autonomia

Uma máquina destas não trabalha sem energia e todo o cuidado é pouco, em termos de concepção e optimização. A bateria do Surface tem uma boa capacidade (31.5Wh) mas, por exemplo, está longe da capacidade exorbitante da bateria do iPad 3 ou 4 (42.5Wh). Isso faz do iPad o topo mas não faz do Surface uma desilusão… pelo contrário, a autonomia do Surface é bastante boa e suficiente para um dia de trabalho (como quem diz 8 horas).

Foram 4 dias seguidos que estive sem carregar a bateria do Surface. O WiFi esteve sempre ligado, com a minha conta de email principal (que engloba todas as minhas contas) e utilizei-o todos os dias, várias vezes, para consultar emails, gerir o calendário e experimentar algumas aplicações. Bem, a utilização é sempre muito relativa, depende também do brilho do ecrã e dos conteúdos utilizados (os jogos poderão exigir um pouco mais), mas no geral a autonomia do Surface encontra-se acima da média dos tablets.

 

8 – Veredicto

O Microsoft Surface RT surge como a primeira peça da Microsoft neste ramo. É uma peça cuidada e que preza pelo pormenor e adaptabilidade, apostando num conjunto de critérios que vão de encontro a determinado tipo de utilizadores.

Diria que um utilizador de tablets Android ou iOS, que se sinta bem em cada um desses sistemas, dificilmente será um potencial utilizador de um Surface, ou Windows RT em geral… e vice-versa.

O Surface é, essencialmente, um tablet para quem estava, ainda, à espera de algo com estas características, que são únicas no mercado. No entanto este tablet, aliado a uma das capas, não é suficiente para conseguir substituir um PC, a menos que o utilizador tenha tarefas fixas e muito específicas, que encaixem perfeitamente no Surface e que dispensem um computador… o que é pouco provável. No entanto, é sem dúvida um complemento bastante competente de um PC Windows e fá-lo como nenhum outro.

A oferta de aplicações é ainda pouco abrangente e há muito trabalho a fazer neste campo. A Microsoft não pára de criar incentivos aos programadores, para que surjam mais e melhores aplicações, mas eventualmente será necessário ajustar os ingredientes para que a receita fique optimizada. Na minha opinião, este é o ponto mais sensível no Windows RT, e consequentemente no Surface.

 

Aspectos positivos

  • Qualidade de construção e materiais
  • Kickstand incorporado e facilidade de acoplamento das capas
  • Suite de produtividade Microsoft Office 2013
  • Som Stereo
  • Porta USB, saída de vídeo micro-HDMI e cartão microSD
  • Autonomia

 

Aspectos negativos

  • Ecossistema fraco
  • Não tem GPS e NFC
  • Necessidade de reiniciar para instalar actualizações – tal como num PC

O Pplware agradece à Microsoft o comodato do Surface RT para esta análise.

Microsoft Surface RT    

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  • Página 1
    • 1 – Notas iniciais
    • 2 – Características gerais e design
  • Página 2
    • 3 – O “conceito” Surface
    • 4 – As aplicações
    • 5 – Câmaras
  • Página 3
    • 6 – Desempenho
    • 7 – Autonomia
    • 8 – Veredicto

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