Os desafios para tornar o planeta mais sustentável… ou melhor, as ações da humanidade mais sustentáveis para o planeta a definhar, são inúmeros e nas últimas semanas estes tem sido um tema muito debatido muito por causa da COP 27, a conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Neste sentido, considerando o impacto dos data centers para o meio ambiente, a Comissão Europeia quer colocá-los em órbita.
Sendo um projeto ainda em fase embrionária, a Comissão criou o programa ASCEND – Advanced Space Cloud for European Net zero emission and Data sovereignty – para estudar a viabilidade desta solução.
Os data centers colocados na Europa são responsáveis pelo consumo de 2,7% da eletricidade produzida e prevê-se que, até 2030, esse consumo venha aumentar para 3,1%. Além disso, quase 40% dessa energia é consumida pelos sistemas de refrigeração.
Além disso, são responsáveis, segundo as estimativas, por 2 a 5% das emissões globais de gases com efeito de estufa, já para não falar no impacto ambiental que têm noutras áreas e no consumo excessivo de água associado.
Longe das metas de atingir a neutralidade carbónica até 2050, a UE vê neste projeto uma ajuda essencial.
O projeto ASCEND, Advanced Space Cloud for European Net zero emission and Data sovereignty, foi criado para, numa primeira fase, se avaliar a viabilidade da colocação de data centers na órbita terrestre.
A Thales Alenia Space, empresa conjunta entre a Thales e a Leonardo, foi escolhida pela Comissão Europeia para liderar o estudo de viabilidade ASCEND, como parte do vasto programa de pesquisa Horizon Europe da Europa. Este trabalho será desenvolvido em conjunto com empresas como as Carbone 4, Orange, Hewlett Packard e Airbus.
Além de perceber a viabilidade da colocação dos data centers em órbita, também será avaliado o impacto da sua possível retirada da de solo europeu. Segundo é avançado, este impacto terá em consideração a própria produção e lançamento das instalações para o espaço.