Começou uma nova era na exploração espacial com o lançamento do telescópio James Webb. Este equipamento de 9,7 mil milhões de dólares foi lançado com sucesso no passado dia 25 de dezembro e já está a enviar material para a Terra.
Segundo a NASA, o telescópio conseguiu ativar a sua antena de transmissão. Este era um elemento crítico da missão, pois transmitirá “pelo menos” 28,6 GB de dados duas vezes por dia.
Um pequeno passo para grandes acontecimentos que estarão para chegar
O James Webb foi lançado a 25 de dezembro num foguete Ariane 5. Atualmente o telescópio está ainda a fazer as devidas correções para seguir viagem. Conforme havia sido programado, a NASA realizou nesta segunda-feira a segunda manobra de correção de curso (Mid-Course Correction Burn 1b, ou MCC-1b) do Telescópio Espacial James Web (JWST).
Com duração de 9 minutos e 27 segundos, a manobra é parte das correções necessárias para colocar o equipamento no seu destino final, uma órbita precisa ao redor do segundo ponto de Lagrange (L2) no sistema formado entre a Terra e o Sol.
No entanto, houve já um pequeno passo crucial. Os responsáveis da missão explicaram que a antena que será utilizada para enviar pelo menos 28,6 GB de dados científicos do observatório duas vezes por dia, foi ativada e reposicionada com sucesso.
A equipa de controlo da missão pôde confirmar a instalação e montagem da antena após um processo que demorou cerca de uma hora.
James Webb precisa de 6 meses para que tudo fique operacional
Este é um marco fundamental para uma missão que ainda tem alguns meses para começar a enviar as primeiras imagens. Serão necessários 29 dias no total para chegar a Lagrange Point 2, a 1,5 milhões de quilómetros da Terra, período durante o qual irá colocar os seus espelhos, por exemplo, e depois avançar para a posição.
Não vai começar a funcionar assim que chegar: antes disso, são necessários muitos testes para calibrar os espelhos, a ótica e todos os sensores que vão ajudar James Webb a funcionar sem falhas. Isso levará cerca de seis meses, pelo que ainda teremos de ser pacientes antes de vermos as primeiras imagens captadas pelo telescópio espacial.