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Rovers japoneses enviaram imagens da superfície do asteroide Ryugu

O Japão deu um passo importante na conquista espacial ao colocar, com sucesso, dois pequenos rovers num asteroide chamado Ryugu e até já nos enviaram algumas imagens espetaculares.

Os robôs, que viajam no asteroide, enviaram imagens de alta resolução da superfície do corpo celeste de acordo com tweets da agência espacial japonesa.


Japão versus Estados Unidos… uma competição pelo Espaço

Uma série de seis tweets, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA), mostram as primeiras imagens tiradas pelos dois robôs – incluindo um vídeo de 15 frames – da superfície de Ryugu, um asteroide de um quilómetro que foi visitado pela nave espacial Hayabusa da agência japonesa.

“O Rover-1B conseguiu captar imagens da superfície de Ryugu!” O filme tem 15 frames captados no passado dia 23 de setembro de 2018, das 10:34 às 11:48, hora do Japão.

Os rovers japoneses foram equipados com uma série de câmaras, especialmente projetadas para aquele tipo de ambiente. As imagens, de vários ângulos, mostram com mais qualidade a superfície de um asteroide. Além disso, os robôs também foram equipados com medidores de temperatura e sensores óticos, além de um acelerómetro e um conjunto de giroscópios.

 

Asteroide Ryugu em imagens de alta definição

A JAXA também divulgou uma foto de alta resolução da superfície do asteroide, quando a nave espacial principal da missão, Hayabusa2, desceu à superfície para descarregar o Rover-1A e o 1-B.

A agência também colocou fotos no seu site oficial Hayabusa-2, que mostrou a localização da imagem tirada pela nave espacial na superfície do asteroide.

As imagens de alta definição mostram o local exato onde estão os veículos de exploração deste asteroide.

 

Robôs são os jogadores que lutam pelo triunfo no espaço

Ao contrário do Curiosity Rover que está em Marte, veículo da NASA, que tem seis rodas, os veículos Ryugu são autónomos, pesam um quilograma e movem-se saltitando pela superfície.

A gravidade na superfície do Ryugu é muito fraca, então um rover impulsionado por rodas ou por outro sistema de tração normal flutuaria para cima assim que ele se começasse a mover. Portanto, esse mecanismo de salto foi adotado para se mover pela superfície de pequenos corpos celestes. Espera-se que o rover permaneça no ar durante 15 minutos após um único salto antes de aterrar, e se mova até 15 m (50 pés) horizontalmente.

Explicaram os cientistas da JAXA.

Alguns dos tweets da JAXA confirmaram que os robôs tinham saltado com sucesso desde o pouso na superfície. A imagem – a primeira tirada de robôs de um asteroide – mostra uma paisagem rochosa contra a imagem de fundo do espaço.

A agência fez história no domingo ao pousar com sucesso os dois robôs não tripulados em Ryugu. Um terceiro rover chamado MASCOT será lançado da Hayabusa-2 no início de outubro.

 

Material a ser recolhido

Mais tarde na missão, prevista para o final de outubro, a nave espacial pousará no asteróide para colocar uma carga de explosivos numa pequena cratera. A ideia é recolher amostras de material que estejam enterradas, nunca tenham sido expostas ao espaço.

Depois de examinar o objeto distante e recolher amostras, a Hayabusa-2 partirá de Ryugu em dezembro de 2019 e chegará à Terra no final de 2020 com a sua carga de amostras.

Representação artística de Hayabusa-2

Se for bem sucedida, a JAXA disse que será a “primeira missão mundial de retorno de amostras de um asteróide do tipo C.”

Cientistas japoneses estão a competir com a NASA por esta conquista, com a missão de recuperação de amostras da agência norte-americana que deve voltar à Terra em 2023.

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