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Robot foi usado pela primeira vez no tratamento de aneurismas cerebrais

A tecnologia tem-se revelado numa preciosidade no campo da medicina, especialmente em inovações e procedimentos mais específicos.

Agora, pela primeira vez, um robot foi usado para tratar aneurismas cerebrais. E teve sucesso.


A medicina tem evoluído, como seria de esperar, e se fizermos um comparativo com algumas dezenas de anos atrás, conseguimos perceber isso mesmo.

Mas há alguns procedimentos mais ‘finos’, mais delicados que por vezes só criando um sistema objetivo e eficaz é que se consegue obter os melhores resultados.

 

Robot usado pela primeira vez no tratamento de aneurismas cerebrais

Investigadores canadianos utilizaram um robot para efetuar um procedimento vascular no cérebro. Esta é a primeira vez que um robot foi utilizado numa cirurgia do género e, espantosamente, o tratamento foi feito com sucesso.

O robot foi adaptado de modo a utilizado especificamente em cirurgias neurovasculares. Foi ainda equipado para que possa ser alterado e, por conseguinte, lhe serem inseridos microcateteres, fios guia entre outros dispositivos usados nos procedimentos endovasculares, ou seja, cirurgias dentro dos vasos.

 

O procedimento foi realizado através de controlo remoto do robot

O procedimento foi controlado remotamente por pelo Dr. Vitor Mendes Pereira, Médico Neurocirurgião e Neurorradiologista do Toronto Western Hospital e ainda professor da imagiologia e cirurgia da Universidade de Toronto.

Sistema robótico de controle remoto do robot usado na cirurgia (AHA/ASA)

O médico é também o principal investigador deste procedimento e, em comunicado, afirmou que:

Esta experiência é o primeiro passo para ser possível alcançar procedimentos neurovasculares remotos.

A capacidade de executar via robótica o tratamento de um aneurisma intracraniano, é um grande passo à frente na intervenção neuroendovascular.

Sistema robótico de controle remoto do robot usado na cirurgia (AHA/ASA)

No total foram realizados 6 tratamentos bem sucedidos ao aneurisma, através da ajuda do robot. Os procedimentos incluíram a implantação de vários dispositivos, como stents com desvio de fluxo.

O Dr. Vitor Mendes Pereira explica ainda:

A expetativa é que os futuros sistemas robóticos possam ser controlados remotamente. Por exemplo, eu poderia estar no meu hospital e administrar a terapia a um paciente a centenas ou até milhares de quilómetros de distância.

A capacidade de fazer um atendimento rápido através da robótica remota para procedimentos críticos como o AVC, pode ter um enorme impacto na melhoria dos resultados dos pacientes, e permitir que ofereçamos um atendimento de ponta aos pacientes em qualquer lugar, independentemente da geografia.

Dr. Vitor Mendes Pereira (AHA/ASA)

O médico e professo adianta também que:

A nossa experiência e a de futuros operadores desta tecnologia irão ajudar a desenvolver os fluxos de trabalho e processos necessários para implementar programas robóticos bem-sucedidos, que irão ajudar a estabelecer redes de atendimento remoto no futuro.

Este é, assim, mais um grande passa na direção correta da tecnologia, ou seja, ajudar e servir o ser humano, propiciando-lhe melhores condições de vida.

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