Estava tudo pronto para que a NASA lançasse esta madrugada a Parker Solar Probe, uma sonda que “vai tocar no Sol”, ou pelo menos será o dispositivo humano que estará mais perto do astro.
Os cientistas da agência espacial estavam prontos para fazer a sonda explodir em direção ao Sol quando pararam o processo devido a um problema técnico. Será feita nova tentativa este domingo.
Parker Solar Probe vai levar a NASA perto do Sol
Estava tudo pronto para o lançamento da Parker Solar Probe que tem como finalidade aproximar-se gradativamente do Sol até chegar a 8.86 raios solares (cerca de 6.2 milhões de quilómetros) de sua fotosfera. Ao atingir o ápice da sua aproximação solar, esta sonda atingirá velocidade superior a 700.000 km/h, o que lhe dará o título de objeto mais veloz já lançado pelo homem.
O lançamento previsto para as 3h33 (8h53, em Portugal continental), com uma janela de oportunidade de 65 minutos, teve de ser adiado para este domingo devido a problemas técnicos.
This morning’s launch of @NASASun’s #ParkerSolarProbe was scrubbed. Launch teams will attempt to launch on Sunday morning. Get real-time updates: https://t.co/9uczz8fdI8 pic.twitter.com/6GyCioopfa
— NASA (@NASA) August 11, 2018
A sonda espacial Parker mede 3 metros de altura com 555 kg de peso seco. Os seus painéis solares são capazes de gerar e fornecer cerca de 343 Watts de energia.
Para que possa resistir às extremas condições de temperatura que enfrentará ao penetrar na coroa solar, esta sonda é protegida por um escudo térmico externo, feito em camadas com um material chamado carbono-carbono, com aproximadamente 12 centímetros de espessura. O escudo impedirá que o núcleo da nave seja exposto a temperaturas que chegam a quase 1370 graus Celsius.
Embora volumoso, o material é extremamente leve, de modo a minimizar prejuízos ao desempenho no seu lançamento. Em oposição, o outro lado desse escudo térmico é dotado de um sistema de refrigeração com auxílio de água pressurizada, o qual é capaz de manter os seus sensíveis sistemas eletrónicos a uma temperatura de aproximadamente 30 graus Celsius, evitando que o calor possa prejudicar o seu funcionamento.
O seu tempo de vida está estimado em 7 anos, o tempo proposto para esta missão e a sonda realizará 24 órbitas em torno do Sol, sendo que a cada uma delas aumentará a sua aproximação em relação ao astro e irá recolher dados sobre vento solar, realizará análises da coroa solar e fornecerá imagens da superfície da estrela.
O lançamento do foguetão Delta IV com a sonda a bordo e após dois atrasos, foi cancelado por razões técnicas. Amanhã irá ser feita nova tentativa.