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O que acontece aos buracos negros após a colisão de três galáxias?

Apesar do muito que se sabe e vai sabendo sobre o universo, a verdade é que ainda existe muito por desbravar. Por exemplo, após uma colisão de três galáxias, é uma incógnita aquilo que acontece aos buracos negros que lhes pertencem.

Então, um estudo recente revela novas informações sobre os buracos negros que estão a crescer após a colisão de três galáxias.


Buracos negros após colisão de três galáxias

Está a ser elaborado um novo estudo a partir de informações recolhidas pelo Chandra X-ray Observatory da NASA e vários outros telescópios. Conforme se sabe, dá conta de novas informações sobre os buracos negros que estão a crescer após a colisão de três galáxias.

Aliás, os astrónomos pretendem aprender mais sobre colisões galácticas. Isto, porque as fusões subsequentes são uma forma de as galáxias e os seus buracos crescerem ao longo do período cósmico.

Tem havido muitos estudos sobre o que acontece aos buracos negros supermassivos quando duas galáxias se fundem. O nosso é um dos primeiros a olhar sistematicamente para o que acontece aos buracos negros quando três galáxias se juntam.

Disse Adi Foord, da Universidade de Stanford e líder do estudo.

Então, cruzando arquivos da missão WISE da NASA e da Sloan Digital Sky Survey com o Chandra X-ray Observatory, ela e os colegas conseguiram identificar sistemas de fusões triplas de galáxias. Aliás, através deste recurso, encontraram sete fusões triplas de galáxias localizadas entre 370 milhões e mil milhões de anos-luz da Terra.

Software para localizar buracos negros

Recorrendo a software especializado que Adi Foord desenvolveu, a equipa analisou os dados do Chandra X-ray Observatory, incidindo nestes sistemas de fusões triplas de galáxias, de forma a detetar fontes de raios-X que marcam a localização de crescentes buracos supermassivos.

Ou seja, à medida que o material se dirige para um, aquele é aquecido a milhões de graus, originando raios-X.

Então, é exatamente por esta razão que o Chandra X-ray Observatory e o software são o trunfo do estudo: a visão muito nítida do primeiro é capaz de localizar buracos negros crescentes em fusões. De outra forma, essas fontes de raios-X tornam-se difíceis de detetar, pois, de tão juntas, tornam as imagens fracas. Além do software de Foord que consegue, então, detetar corretamente essas fontes.

Estudos que ajudam a perceber fenómeno das fusões de três galáxias

Das sete fusões triplas de galáxias em estudo, os resultados apresentados pela equipa mostram que uma possui um buraco negro supermassivo em crescimento, quatro possuem buracos negros supermassivos em crescimento duplo e uma possui um tríplice. Enquanto isso, a sétima parece ter sido concluída sem nenhuma emissão de raios-X detetada a partir dos buracos supermassivos.

Por que nos preocupamos com a percentagem de impacto destes buracos negros? Porque estas estatísticas podem dizer-nos mais sobre como crescem os buracos negros e as galáxias onde eles habitam.

Garantiu Jessie Runnoe da Universidade de Vanderbilt, em Nashville, Tennessee, e coautora do estudo.

Nos dados do Chandra, os investigadores encontraram evidências de fontes de raios-X brilhantes como candidatas ao crescimento de buracos negros supermassivos. Portanto, completaram-nos com dados de outros telescópios e confirmaram a existência de múltiplos buracos nas galáxias que se fundiram.

Aliás, os dados recolhidos pelo Chandra e pelo WISE mostram que o sistema com crescentes buracos negros supermassivos tem a maior quantidade de pó e gás. Isto, tendo em conta simulações teóricas de fusões feitas a partir de computador que sugerem que níveis mais elevados de gás perto de buracos são mais suscetíveis a desencadear um rápido crescimento.

Estudos de fusões triplas podem ajudar os cientistas a compreender se pares de buracos negros supermassivos se podem aproximar de tal forma que provocam ondulações chamadas ondas gravitacionais. Posteriormente, a energia perdida por essas ondas poderá causar uma fusão inevitável.

Porém, apesar dos buracos de massa estelar criarem ondas gravitacionais e se fundirem, não há certezas quanto ao processo dos supermassivos.

Evitar o “pesadelo”

Existe um cenário apelidado de “pesadelo”, onde os buracos negros supermassivos não podem perder energia para se aproximarem e criarem as ditas ondas gravitacionais. Porém, as interações gravitacionais de um terceiro buraco negro supermassivo poderão impedir este processo.

Então, para os investigadores, os estudos que abordam os buracos negros supermassivos localizados na fusão de três galáxias são muito importantes para compreender todo o cenário.

 

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