Uma enorme bola de fogo explodiu na atmosfera da Terra em dezembro, segundo a NASA. Na verdade, a queda deste meteoro na Terra libertou dez vezes mais energia do que a bomba de Hiroxima. O estranho é que quase ninguém deu conta desta explosão.
A explosão foi a segunda maior deste tipo em 30 anos, e a maior desde a estrondosa explosão na cidade de Chelyabinsk na Rússia há seis anos.
Explosão com dez vezes mais energia do que a bomba de Hiroxima
A rocha espacial explodiu com 10 vezes a energia libertada pela bomba atómica de Hiroxima. Contudo, o evento passou quase despercebido porque explodiu sobre o Mar de Bering, na península de Kamchatka, na Rússia.
Lembram-se desta explosão?
Esta informação só agora foi dada a conhecer, mas aconteceu já no passado mês de dezembro. Segundo a NASA, a explosão do meteoro, que se transformou numa bola de fogo, caiu no mar de Bering. No extremo norte do oceano Pacífico, mas foi detetada pelos satélites militares dos Estados Unidos. Foi a Força Aérea que alertou a agência espacial.
Some colour views of the #meteor that flew over the North Pacific in December 2018, taken by Japan's #Himawari satellite.
The meteor is really clear here – bright orange fireball against the blue + white background!Background: https://t.co/r403SQxicZ pic.twitter.com/ctNN8zxsXb
— Simon Proud (@simon_sat) March 18, 2019
O que ficamos a saber desta explosão?
A informação divulgada refere que o corpo celeste entrou na atmosfera da Terra pelo meio-dia de 18 de dezembro. A velocidade de entrada foi de 32 quilómetros por segundo. Posteriormente, deu-se a explosão que ocorreu a 25,6 quilómetros de distância da superfície terrestre. Como resultado, foi detetado um impacto energético de 173 quilotoneladas, que corresponde à energia libertada durante a explosão.
Contudo, desta vez, a bola de fogo acabou por cair no mar, não tendo provocado feridos nem qualquer situação de pânico, passando mesmo despercebida.
Por forma a termos uma comparação, Kelly Fast, gestora do programa de observações de objetos próximos à Terra da NASA referiu:
Isso foi 40% da libertação da energia de Chelyabinsk, mas foi sobre o Mar de Bering, então não teve o mesmo tipo de efeito ou apareceu nas notícias.
Isto é outra coisa que temos em nossa defesa, há muita água no planeta.
A especialista da NASA disse que a bola de fogo ocorreu numa área não muito distante das rotas usadas pelos aviões comerciais que voam entre a América do Norte e a Ásia. Assim, os investigadores verificaram junto das companhias aéreas para ver se havia algum relato de avistamento do evento.
O que pode significar este tipo de eventos?
Em 2005, o Congresso encarregou a NASA de encontrar 90% dos asteroides próximos à Terra, com 140 m de tamanho, até 2020. As rochas espaciais desse tamanho são chamadas de “problemas sem passaporte”, porque se espera que afetem regiões inteiras se colidem com a Terra. No entanto, os cientistas estimam que levarão mais 30 anos para cumprir esta diretriz do Congresso.
A experiência tem dado a perceber que uma vez que um objeto dê entrada é identificado e a NASA tem algum sucesso notável no cálculo onde na Terra se irá impactar. Isto com base numa determinação precisa da sua órbita.
