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Mercúrio poderá estar coberto de diamantes

O conhecimento que os cientistas reúnem acerca de Mercúrio é muito reduzido, quando comparado com a panóplia de informações que se recolhe constantemente de outros planetas. Agora, uma nova investigação concluiu que a crosta do planeta mais próximo do Sol poderá conter diamantes.

Os investigadores falam em 16 mil biliões de toneladas.


Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol e, por essa razão, é um dos planetas mais intrigantes. Afinal, aquilo que sabemos sobre ele é relativamente pouco, quando comparado com o conhecimento que já temos de Marte ou da Lua, por exemplo.

Para além do seu nível de gravidade ser extremamente elevado, assim como as temperaturas altíssimas, a distância a que Mercúrio fica da Terra é um obstáculo muito grande à sua exploração pelos humanos. Aliás, o planeta garante um ambiente demasiadamente hostil para que a sua exploração seja fisicamente possível.

A crosta de Mercúrio é constituída principalmente por grafite – uma forma pura de carbono que, depois de ser atingida por asteroides, pode converter-se em diamantes. Pelo que se sabe, o planeta está cheio de crateras devido ao impacto de meteoroides e cometas que o foram atingindo ao longo dos anos.

Contudo, agora, novas investigações apresentadas na Lunar and Planetary Science Conference sugerem que a crosta de Mercúrio poderá conter 16 mil biliões de toneladas de diamantes.

A pressão dos asteroides ou cometas a atingir a superfície a dezenas de quilómetros por segundo poderia transformar essa grafite em diamantes.

Poderia ter uma quantidade significativa de diamantes perto da superfície.

Disse Kevin Cannon, geólogo da Colorado School of Mines, que apresentou as suas descobertas na conferência.

De acordo com o geólogo, os diamantes encontrados em Mercúrio não serão parecidos com as “grandes pedras claras que cortamos e transformamos em joias”. Então, “uma melhor comparação são os pequenos diamantes opacos utilizados na indústria como abrasivos, provavelmente numa mistura com grafite e outras formas de carbono”.

Pelas características que lhe conhecemos, os seres humanos ainda não chegaram a Mercúrio. No entanto, as missões MESSENGER e Mariner 10 da NASA já fizeram observações do planeta e alargaram o conhecimento que havia até à data.

 

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