Um tem o tamanho de um autocarro e voa a grande velocidade. Outro é pequeno e lento. O último a passar no mês de janeiro é o maior de todos. Estas rochas que visitarão a vizinhança da Terra no início do novo ano não oferecem perigo, apesar de uma delas ter ainda a sua rota pouco certa. Contudo, a NASA refere que dos asteroides conhecidos, nenhum irá chocar com a Terra nos próximos 100 anos.
De referir que nenhum destes é tão “ameaçador” como o que se aproximou do nosso planeta no passado dia 17. Tinha cerca de 2 km de largura.
2014 YE15, o primeiro asteroide a desejar-nos um bom ano
No início de 2022 o mundo da astronomia tem já vários motivos de interesse. Começa com a passagem de um asteroide, o 2014 YE15, que, pelo seu tamanho, parecido com o tamanho de um autocarro, não oferece perigo aparente. Passará próximo da Terra a cerca de 7,4 milhões de quilómetros (cerca de 19 vezes a distância entre a Terra e a Lua, que é de 384.633 km) no dia 6 de janeiro.
Tendo em conta que a NASA considera objetos de tamanho superior a 50 metros “potencialmente perigosos”, neste caso, o asteroide 2014 YE15 não é considerado uma ameaça.
No entanto, ainda que sejam considerados inofensivos, estes corpos celestes não devem ser ignorados. Em 2013, um asteroide de 20 metros explodiu acima da cidade russa de Chelyabinsk, libertando a energia equivalente a cerca de 33 explosões de bombas atómicas.
Na sequência disso, vários prédios foram danificados e cerca de 1.500 pessoas foram tratadas por lesões causadas pelos efeitos secundários da explosão.
Asteroide 2020 AP1 pode colidir com a Terra
O segundo asteroide será o 2020 AP1 de aproximadamente 5 metros de diâmetro, e fará a sua máxima aproximação com a Terra no próximo dia 7 de janeiro.
Inicialmente, esse pequeno asteroide não tinha hipótese de colisão com o nosso planeta, contudo, de acordo com novos dados divulgados pelo Laboratório de Propulsão a Jato, da NASA, há uma grande incerteza sobre a sua trajetória, o que pode colocá-lo (conforme a estimativa mais pessimista) numa rota de colisão com o nosso planeta. O asteroide viaja a uma velocidade muito lenta, a menos de 6 km/s.
O motivo da grande incerteza sobre a passagem mais próxima do asteroide 2020 AP1, no dia 7 de janeiro de 2022, é o facto dos astrónomos não o observarem há algum tempo. Atualmente, a previsão média é de que o asteroide 2020 AP1 passe a 1,5 milhões de km do centro da Terra, com uma incerteza de 2,5 milhões de km.
Aliás, até a data de passagem é incerta. Apesar de alguns cálculos apontarem para o dia 7 de janeiro, o asteroide poderá “chegar mais tarde” 8 dias.
2013 YD48 já é uma rocha “perigosa”
O terceiro e último de janeiro passará pela nossa vizinhança no dia 12. Este asteroide de nome 2013 YD48 mede entre 80 e 180 metros de diâmetro. O objeto viaja pelo espaço a uma velocidade de 14,81 km/s.
A sua passagem por cá acontece a uma distância de cerca de 5,59 milhões de quilómetros da Terra, o que é considerado próximo em termos espaciais. No entanto, apesar da proximidade, os especialistas garantem que não há risco de colisão com o nosso planeta.
De acordo com estudos da NASA, que vigia constantemente objetos potencialmente perigosos, não há “para já” nenhum asteroide conhecido que ofereça perigo, pelo menos nos próximos 100 anos.