Aparentemente, quando alguma tecnologia nos chega ao conhecimento, já havia chegado há 10 anos ao exército. A ser, ou não, uma teoria, a verdade é que as Forças Armadas possuem um conhecimento acrescido e, para desempenhar as suas funções, têm à sua disposição muita informação.
Para além de tudo o que já desenvolveram, o Exército dos EUA está a investir em pesquisas de neurociência, a fim de descodificar o significado dos diferentes sinais cerebrais.
Sinais cerebrais descodificados
Estão a ser desenvolvidas novas investigações financiadas pelo U.S. Army Research Office, envolvendo várias universidades e parceiros. Isto, porque descodificar os sinais cerebrais dos soldados seria o primeiro passo para um futuro em que os soldados comuniquem entre eles, durante as operações.
Assim sendo, as pesquisas levadas a cabo pelos EUA pretendiam explorar a neurociência e a influência das ondas cerebrais. No final, separaram, com sucesso, os sinais cerebrais que influenciam a ação ou o comportamento, dos sinais que não influenciam.
Aqui não estamos apenas a medir sinais, estamos a interpretá-los.
Disse Hamid Krim, um gestor de programa do U.S. Army Research Office.
Esta separação foi possível através de um algoritmo e matemática complexa. Ou seja, a equipa foi capaz de identificar os sinais cerebrais que estavam a dirigir o movimento, bem como os sinais cerebrais relevantes para o comportamento. Posteriormente, foram capazes de remover os que se mostraram irrelevantes para o comportamento.
Então, o objetivo é que o sistema possa fornecer feedback aos cérebros dos soldados, de modo a permitir que eles tomem decisões acertadas antes que algo aconteça. Dessa forma, poderiam ter algo mais a proteger o soldado.
Soldados terão ajuda de um sistema de computador
Para a experiência, os investigadores monitorizaram os sinais cerebrais de um macaco que, no momento, estava a tentar obter uma bola, constantemente. Assim, foram capazes de separar os sinais cerebrais para cada reação.
No caso dos soldados, por exemplo, entre muitas outras coisas, o sistema será capaz de identificar a fadiga, antes mesmo de o soldado em questão se aperceber dela. Assim sendo, o exército será avisado que há necessidade de uma pausa.
Conforme explicou Hamid Krim, um potencial uso para o sistema é a comunicação silenciosa. Isto, porque os investigadores conseguem tornar possível que os cérebros e os computadores comuniquem, de modo a que os soldados possam “falar” no terreno.
Tendo em conta que qualquer sistema deste género está a décadas de distância, os investigadores vão, a partir de agora, tentar identificar outros sinais cerebrais, além dos relacionados ao movimento.
No final do dia, esta é a intenção principal: ter o computador num modo de comunicação duplex completo com o cérebro.
Terminou Krim.
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