A exploração espacial tem sido conduzida por algumas agências públicas, em especial pela NASA, em nome dos Estados Unidos. Com empresas privadas a darem, também, cartas importantes, o presidente da agência espacial italiana clarificou que este investimento é essencial para o setor.
Na perspetiva de Teodoro Valente, presidente da agência espacial italiana (em italiano, ASI), “não devemos diabolizar a chegada de empresas privadas” ao setor espacial.
Todas as estimativas sobre o crescimento exponencial da economia espacial são dificilmente alcançáveis se não houver uma entrada substancial de empresas privadas.
Partilhou o responsável pela agência especial italiana, antes do Congresso Internacional de Astronáutica, que começa hoje, 14 de outubro, à Reuters.
Um relatório do Fórum Económico Mundial, em parceria com a McKinsey, prevê que a economia espacial global atinja 1,8 biliões de dólares em 2035, contra 630 mil milhões de dólares em 2023, crescendo a uma média de 9% por ano. Além disso, o documento revela que o investimento do setor privado atingiu um máximo histórico de mais de 70 mil milhões de dólares em 2021 e 2022.
Na opinião de Valente, “o contributo privado é essencial, porque os recursos públicos podem ser utilizados como multiplicadores”.
Não obstante, a entrada de empresas privadas nas operações espaciais exige uma legislação clara, que identifique os papéis e as responsabilidades, e tenha, também, em conta a sustentabilidade do setor a longo prazo.