Diariamente, conhecemos os planos de empresas e do próprio Governo dos Estados Unidos e da China, principalmente, para explorar o espaço. Para o diretor da Agência Espacial Europeia (em inglês, ESA), a indústria espacial da região precisa de músculo para competir globalmente.
Conforme avançado pela imprensa, as principais fabricantes europeias de satélites estão a considerar a possibilidade de se associarem, por forma a enfrentarem, de forma robusta, concorrentes como a Starlink da SpaceX.
Numa entrevista, Josef Aschbacher, diretor-geral da ESA, recusou-se a falar diretamente sobre as conversações preliminares de uma potencial associação, mas disse que a ESA procura uma indústria capaz de competir na cena mundial, com um bom valor para os contribuintes europeus.
Sei que temos a capacidade e a excelência da indústria europeia. O que me preocupa mais é… como e o que é que a Europa precisa para ser bem sucedida na cena mundial?
O meu objetivo é garantir o desenvolvimento de uma indústria espacial europeia sólida e robusta que possa servir as necessidades dos nossos cidadãos, mas também ser um sucesso no mercado mundial.
Partilhou, numa reunião sobre o espaço mundial, em Milão, esta semana.
Ultimamente, as fabricantes europeias têm estado orientadas para satélites únicos em órbita geoestacionária, utilizando tecnologias ambiciosas, mas dispendiosas. Por sua vez, a concorrência tem apostado em pequenos satélites em órbita terrestre baixa construídos a um custo muito inferior.
Cabe à indústria organizar-se como entender, mas do ponto de vista da [ESA], acompanharei sempre os processos da indústria para que sejam bem sucedidos.
Ser bem-sucedido significa utilizar o dinheiro dos contribuintes da melhor forma possível para criar um impacto máximo para a nossa indústria em função das necessidades europeias e, obviamente, também para a colocar em boas condições para a base competitiva global.
Afirmou Aschbacher, enquanto falava no Congresso Internacional de Astronáutica, que terminou na sexta-feira, depois de a China ter apresentado uma amostra de rocha do lado mais distante da Lua no início da semana.
A Europa precisa de acelerar as suas atividades no espaço, precisa de reforçar o seu perfil, precisa de aumentar a sua ambição, caso contrário corremos o risco de ficar para trás.
Sublinhou o diretor-geral da ESA.