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Criada incubadora de fertilização in vitro para conceber bebés no espaço

As viagens espaciais prolongadas, bem como as colónias fora da Terra, são objetivos de empresas e agências. Depois de termos dado pelo problema, uma startup desenvolveu uma possível solução: uma incubadora de fertilização in vitro para conceber bebés no espaço.


Se temos como objetivo criar uma colónia (ou várias) no espaço e assegurar que ela é sustentável, precisamos de perceber como os processos da Terra se dão fora dela. Nomeadamente, o conceber e dar à luz bebés.

Como pode não ser possível enviar frequentemente pessoas da Terra, enfrentar os desafios da reprodução no espaço é um aspeto crucial a considerar, antes de se começarem as viagens a sério. E a barreira não é apenas uma, mas quase tudo relacionado à reprodução.

Os cientistas precisam de determinar se e como as pessoas podem reproduzir-se num ambiente espacial hostil – bombardeado com radiação prejudicial, desprovido de gravidade e carente de recursos essenciais.

Perante esta necessidade clara, a SpaceBorn United iniciou investigações sobre como conceber e ter bebés no espaço. A empresa holandesa “pesquisa e viabiliza diferentes estágios de reprodução humana no espaço”, conforme refere no seu website.

 

Empresa está dedicada a que seja possível conceber bebés no espaço

Recentemente, a BBC informou que a empresa criou um pequeno dispositivo de fertilização in vitro (FIV) e uma incubadora de embriões, ambos destinados a serem utilizados no espaço.

A empresa desenvolveu um protótipo do tamanho de um CD que utilizará tecnologia microfluídica para fertilização in vitro. Este disco gira para simular os efeitos da gravidade na Terra.

A empresa pretende iniciar os testes a nível celular com células de mamíferos, seguidas de células humanas, no espaço. A experiência avaliará diversas táticas importantes para facilitar a reprodução fora da Terra.

Se quisermos ter assentamentos humanos, por exemplo, em Marte, e se quisermos tornar esses assentamentos realmente independentes, temos de resolver o desafio da reprodução.

Explicou Egbert Edelbroek, CEO da SpaceBorn United, à BBC.

Para conseguir esse objetivo, a empresa está a preparar-se para lançar uma série de experiências espaciais, no âmbito de uma missão chamada ARTIS, que significa Tecnologia de Reprodução Assistida no Espaço.

As missões estão programadas para serem lançadas nos próximos cinco anos.

Se estas missões correrem como previsto, as próximas iniciativas poderão incluir ensaios com embriões de células estaminais humanas.

Durante as nossas missões ARTIS de 6 dias, as células reprodutivas femininas são fertilizadas. Uma vez no espaço, os embriões são concebidos e começam a desenvolver-se num nível de gravidade artificial semelhante ao da Terra. Após 5-6 dias de desenvolvimento, os embriões são congelados criogenicamente e devolvidos à Terra para serem examinados.

Apesar de já registar significativos avanços, a verdade é que a SpaceBorn United ainda está a largos anos de conseguir concretizar o seu objetivo de produzir bebés no espaço. Isto, porque os desafios e riscos associados à reprodução humana no espaço são significativos e requerem investigação e planeamento profundos.

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