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COVID-19: Variante Delta não provoca casos mais graves nas crianças

A variante Delta é a mais grave . Em Portugal, segundo dados do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, a variante Delta é a única a “circular” neste momento.

De acordo com um estudo americano recente, a variante Delta não causa casos mais graves de COVID-19 em crianças e adolescentes em comparação com outras variantes.


Estudo sobre variante Delta foi realizado pelo CDC

A agência AFP revela que as preocupações com as consequências da variante Delta nos mais jovens têm aumentado nas últimas semanas nos Estados Unidos, face ao número crescente de crianças hospitalizadas infetadas com aquela variante.

Os Centros de Prevenção e Controlo de Doenças (CDC), a principal agência federal de saúde pública dos Estados Unidos, analisou dados de pacientes hospitalizados com COVID-19 em 99 condados de 14 Estados, cobrindo cerca de 10% da população norte-americana.

A CDC comparou o período do início de março a meados de junho com o período de meados de junho até final de julho, quando a variante Delta tornou-se dominante nos EUA. Entre esses dois períodos, a taxa de hospitalização de crianças e adolescentes de 0 a 17 anos, na realidade, aumentou cinco vezes.

No entanto, “a proporção de crianças e adolescentes hospitalizados por doença grave”, por exemplo, com admissão em cuidados intensivos, “era semelhante antes e durante o período em que Delta era dominante”, conclui o estudo.

Em detalhe, das 3.116 crianças e adolescentes hospitalizados nos três meses e meio antes da variante Delta, cerca de 26% foram internados em terapia intensiva, 6% foram colocados num ventilador e menos de 1% morreu. Depois com a variante Delta, de 164 hospitalizações registadas num mês e meio, cerca de 23% foram internados em cuidados intensivos, 10% colocados num ventilador e menos de 2% morreram.

O CDC nota, no entanto, que o número de crianças com casos graves da doença foi reduzido entre meados de junho e o final de julho, limitando assim a relevância das comparações feitas. Os analistas sublinham que os dados precisam de continuar a ser avaliados de perto.

O trabalho realizado também demonstra ainda que as vacinas protegem bem os adolescentes contra a variante Delta, pois as taxas de hospitalização foram cerca de 10 vezes maiores para adolescentes não vacinados do que para aqueles vacinados durante o período de predominância do Delta.

Segundo Walensky, diretora do CDC, os estudos demonstram que “a vacinação funciona” e, por outro, que “não houve aumento da gravidade da doença em crianças”.

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