Apesar de já terem passados quase dois anos de pandemia por COVID-19, e de muito se falar em testes, há ainda algumas dúvidas e questões. Na prática, nesta pandemia têm sido usados teste rápidos de antigénio, RT-PCR, autotestes e serológicos.
Mas qual a diferença entre cada um destes testes e quando devem ser usados?
Tal como referido, há quatro tipos de testes disponíveis que têm sido usados nesta pandemia por COVID-19. São eles os testes moleculares de amplificação de ácidos nucleicos (TAAN); testes rápidos de antigénio (TRAg); autotestes e testes serológicos. Na prática, há testes para diagnosticar uma infeção atual e testes para saber se já teve contacto com o SARS-COV-2.
Testes de antigénio
Os testes de pesquisa de antigénio (TRAg) desenvolvidos para o diagnóstico do SARS-CoV-2 têm como objetivo detetar proteínas específicas do vírus produzidas no trato respiratório.
São realizados através da colheita de amostras de exsudado (normalmente, da nasofaringe) com uma zaragatoa. Este tipo de testes deve ser usado nos dias primeiros dias (aquando do registo de sintomas), período em que existe uma carga viral no trato respiratório mais elevada.
Os resultados demoram normalmente 10 a 30 minutos.
Autotestes
Os autotestes são testes rápidos de antigénio, simples de usar, que podem ser usados por não profissionais de saúde.
Testes moleculares ou testes de PCR
Estes testes são os mais fiáveis e são designados de testes moleculares de amplificação de ácidos nucleicos (TAAN) ou testes de PCR. A realização destes testes moleculares recorre a uma zaragatoa, que recolhe amostras do trato respiratório superior e/ou inferior para a eventual deteção de RNA viral.
A evidência científica atual mostra que o RNA de SARS-CoV-2 pode ser identificado um a dois dias antes do início dos sintomas, podendo persistir, nos casos moderados, até 8 a 12 dias depois do início da doença. Os resultados demoram, normalmente, 24 horas.
Testes serológicos
Os testes serológicos são feitos a partir da recola e análise de amostra de sangue. Detetam a presença de anticorpos (produzidos durante uma resposta imunitária à doença) e não estão recomendados para o diagnóstico de novos casos de COVID-19.
A fiabilidade dos testes à COVID-19 mede-se, geralmente, por dois critérios: a sensibilidade (ou seja, a capacidade de detetar pessoas infetadas) e a sua especificidade (o número de falsos positivos que pode eventualmente indicar). Como referido, os testes RT-PCR são os que têm uma maior sensibilidade. Os autotestes têm uma sensibilidade mínima de 80% e uma especificidade igual ou superior a 97 por cento.
Os testes rápidos de antigénio (TRAg) à COVID-19 passaram a ser novamente comparticipados a 100%. Esta é uma medida do Governo que visa intensificar a sua utilização pela população e reforçar o controlo da pandemia de COVID-19. O agendamento de um teste COVID-19 numa das farmácias portuguesas pode ser feito através de uma plataforma digital. O cliente apenas tem de indicar a data, o período e o distrito/concelho onde pretende realizar o teste. Clique no link aqui.
De referir que a comparticipação é limitada a um máximo de quatro testes por mês e por utente.