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COVID-19: Já ouviu falar em “supercontagiadores”? Eles existem…

No âmbito da COVID-19, quase todos os dias ouvimos falar no indicador R (número médio de contágios causados por cada pessoa infetada). Este é um indicador difícil de calcular, e daí apresentar-se o valor de R(t) referente a um determinado período de tempo. De relembrar que em Portugal o R(t), calculado de 18 de maio a 23, está agora acima de “1”, o que significa que não estamos propriamente no melhor caminho.

E os “supercontagiadores”, onde entram nas contas?


Na prática, com um valor de “R” acima de 1, significa que o surto está a crescer em Portugal (e não a diminuir). O R(t) para o período entre 18 e 23 de maio foi de 1,01, significando que, neste período, um caso infetado originou em média mais de 1 caso secundário, o que indica um ligeiro crescimento de infeções.

É verdade que estes indicadores mudam de zona para zona… mas temos de estar atentos.

Supercontagiadores existem e são origem de muitos contágios

Uma investigação recente, de investigadores espanhóis, revela que há pessoas com elevada sensibilidade à transmissão do vírus. A partir de uma amostra de 5 mil genomas do vírus, a equipa de Santiago de Compostela observou as mutações para reconstituir o comportamento do agente patogénico a partir da sua origem. No âmbito da investigação descobriu os ‘supercontagiadores’, como lhes chama um dos cientistas – pessoas que propagam o vírus mais do que outras, revela o DN.

De acordo com o estudo, estes ‘Supercontagiadores’  infetam outros 20 a 30, logo o R, nestes casos, não faz sentido.

O estudo revelou também que os dados obtidos não são compatíveis com manipulações laboratoriais, “baseadas exclusivamente em teorias da “conspiração sem argumentos científicos”. Os investigadores referem que a variabilidade genética do novo coronavírus corresponde a um processo evolutivo totalmente natural.

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