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COVID-19: Infeções podem levar a enormes inflamações no corpo

É verdade que o tema COVID-19 perdeu popularidade na sociedade, no entanto, os números revelam que a pandemia continua bem ativa, e em Portugal continuam também a morrer várias pessoas diariamente.

No que diz respeito à doença COVID-19, há novas informações. Um estudo recente revela que as infeções por COVID-19 podem levar a enormes inflamações no corpo.


COVID-19: vírus pode infetar células do sistema imunitário chamadas monócitos e macrófagos

Desde os primeiros dias da pandemia que os médicos repararam que, em casos graves de COVID-19 – aqueles que levaram as pessoas nos hospitais ligadas aos ventiladores – a maioria das lesões internas não estava a ser causada diretamente pelo próprio vírus, mas por uma vaga de reações imunitárias desencadeadas pelo corpo para combater a infeção.

Um estudo agora publicado, revela que o vírus SARS-CoV-2, que provoca a COVID_19, pode infetar certos tipos de células do sistema imunitário chamadas monócitos e macrófagos. Os monócitos e os macrófagos são glóbulos brancos da linha de frente do sistema imunitário. Têm a tarefa de circular no sangue e nos tecidos, para encontrar e destruir os agentes patogénicos.

Quando essa ameaça é absorvida, essas células têm o que pode ser melhor descrito como um “depósito de lixo celular”, chamado endossoma, que normalmente elimina o agente infecioso.

Os monócitos e os macrófagos não possuem recetores ACE-2, as portas que o vírus usa para se ancorar e infetar outros tipos de células. Em vez disso, o vírus entra nessas células por causa de outro trabalhador do sistema imunitário – os anticorpos em forma de Y que se agarram ao vírus na tentativa de impedir que ele se acople às nossas células.

Quando os anticorpos apanham os vírus, a cauda do anticorpo – chamada porção FC – destaca-se. Esse talo atua como uma bandeira para chamar os monócitos e os macrófagos, para eles saberem que há um bandido para apanhar.

Segundo o estudo,  as pessoas com COVID-19 tendiam a ter um tipo mais invulgar de monócitos com recetores CD16. Esses recetores reconhecem os talos de anticorpos que o corpo produz para combater o vírus SARS-CoV-2.

Esses anticorpos ligam-se aos monócitos com recetores CD16, fazendo com que a célula absorva o vírus. Uma vez lá dentro, o vírus começa a tentar replicar-se, desencadeando a reação inflamatória prejudicial.

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