Há apps que usam um código QR na tentativa de controlar a pandemia por COVID-19! Ainda não foi há muito tempo, que se debatia no mundo o uso de aplicações que ajudassem a rastrear a COVID-19. A Google e a Apple modificaram os seus sistemas móveis e cada país desenvolveu uma solução. Infelizmente, o uso dessas aplicações/plataformas nunca teve muito sucesso.
Uma província chinesa está agora a usar um código QR de prevenção epidémica para travar protestos, bloqueando os residentes dessa província a deslocarem-se.
A província chinesa de Henan, na China, está a usar uma aplicação de rastreamento e armazenamento dos resultados dos testes da COVID-19. Com base nos resultados, os residentes estão a ser forçados a ficar em quarentena, estão a ser bloqueados do serviço público de transporte e até de entrar em edifícios.
Status da App que usa código QR ficou “subitamente vermelho”
Em muitas cidades chinesas, os residentes usam uma app de “saúde” para entrar em edifícios e lojas, usar o transporte público ou sair da cidade. Os utilizadores devem digitalizar um código QR e mostrar um “status de saúde” codificado por cores.
Se o status for vermelho, indica que a pessoa testou positivo para a COVID-19, recentemente ou é suspeita de ter a doença e deve ficar em quarentena por 14 dias.
O código QR de pessoas que tentaram deslocar-se até Henan, após bancos estatais locais terem suspendido transferências e levantamentos, ficou subitamente vermelho, impedindo viagens para outros territórios ou acesso a locais públicos.
Desde o início da pandemia que os governos locais chineses emitem estes códigos, que atestam que o utilizador não esteve numa área de risco de contágio ou em contacto com possíveis pessoas infetadas.
De acordo com os regulamentos daquela província, apenas podem ser atribuídos códigos vermelhos a pessoas que sejam casos confirmados de COVID-19, contactos diretos de casos positivos ou que cheguem do estrangeiro ou de zonas do país consideradas de risco.
O assunto gerou debate na rede social Weibo, que está bloqueada no país asiático, onde alguns internautas manifestaram a sua indignação pelo abuso de uma ferramenta de prevenção epidémica.
Segundo a Phoenix TV, até 400.000 pessoas podem ter sido afetadas, e alguns clientes que vivem em outras províncias tentaram viajar para Henan, na esperança de conseguir levantar as suas poupanças.