Com a evolução das tecnologias e da ciência, cada vez mais se abrem as oportunidades e projetos que envolvem o Universo. E numa altura em que a NASA preparar o programa Artemis para voltar a levar o homem à Lua, já há também quem pense mais além, nomeadamente em morar no satélite natural do nosso planeta Terra.
Neste sentido, uma empresa britânica prevê que comprar a primeira casa na Lua poderá custar cerca de 60 milhões de dólares. Estaria interessado?
Primeira casa na Lua poder custar 60 milhões de dólares
A corretora de créditos Money.co.uk analisou e concluiu quanto custaria comprar uma casa no nosso satélite natural. E de acordo com as contas da empresa britânica, seriam necessários cerca de 61,87 milhões de dólares, aproximadamente 53 milhões de euros.
Este valor evolveria não apenas a casa, mas também os custos de construção, transportes e licenças relativamente ao terreno. No entanto neste montante não estão incluídos outros fatores como, por exemplo, questões legais.
Segundo uma publicação no site, Salman Haqqi, escritor financeiro da empresa diz que o objetivo é levar o mercado imobiliário para o espaço, mas literalmente. De acordo com Haqqi, o estudo feito pela empresa mostrou que os interessados em ter uma casa na Lua, teriam que desembolsar inicialmente 6 milhões de dólares (~5 milhões de euros). Mas depois teriam que pagar prestações de 325 mil dólares (~275 mil euros) durante 25 anos.
O cálculo considerou os materiais necessários para a construção da casa e o custo do seu transporte. Para além disso também inclui o trabalho que os astronautas teriam para construir a habitação. Estas estimativas consideraram ainda os custos de lançamento da SpaceX.
Segundo a empresa, depois que a primeira casa na Lua seja construída, as seguintes podem já ter um custo menor. No entanto o valor das próximas casas poderá ainda rondar os 51 milhões de dólares (~43 milhões de euros).
As casas lunares estariam então preparadas para produzir comida e água reciclada localmente de forma a reduzir os custos de transporte.
Tratado do Espaço Sideral pode travar a compra de terrenos lunares
Mas claro que este projeto não seria ainda para já, uma vez que ainda é necessário estimar os valores dos terrenos de acordo com a sua localização. Para além disso, o Tratado sobre os Princípios que Regem as Atividades dos Estados na Exploração e Utilização do Espaço Sideral, Incluindo a Lua e Outros Corpos Celestes, assinado por várias nações em 1967, impede que essas áreas sejam compradas.
No entanto este tratado aplica-se apenas a nações e não a indivíduos.
Mas Haqqi defende que “ao investir em soluções renováveis e sustentáveis, a vida na Lua pode acontecer em harmonia com o ambiente e não contra, criando assim muitas comunidades habitáveis.
A concretizar-se, então a expressão ‘estar no mundo da lua’ ganhará outro sentido.