Pelo Tratado de Paris, os países devem, além de outras responsabilidades climáticas, registar as suas emissões de CO2. De modo a ajudar os países de todo o mundo, uma empresa alemã vai construir e lançar duas plataformas para rastrear as emissões de gases com efeito de estufa.
O contrato, realizado para iniciar este processo, custou 445 milhões de euros ao fabricante alemão.
Um lançamento para rastrear emissões de CO2
A fábrica alemã OHB-System assinou um contrato com a Agência Espacial Europeia (ESA) que alberga a construção da primeira instância de duas naves espaciais que irão monitorizar as emissões de CO2 nos países do mundo todo. Apesar de este ser o plano inicial, é possível que em breve surja uma terceira.
A instância CO2M insere-se no Copernicus Programme, um programa de observação da União Europeia. Este programa opera uma série de satélites, os Sentinels, que registam tudo, desde o Espaço, como, por exemplo, danos provocados por terramotos.
Uma vez em órbita, a CO2M será incluída no leque de Sentinels. O objetivo é lançar as naves em 2025, de modo a que possa já fornecer dados para o inventário internacional de 2028.
Constituição e parcerias do CO2M
Os satélites irão transportar um instrumento de CO2, mas também irão levar consigo uma gama de sensores secundários. Estes permitirão distinguir as fontes dos gases de efeito de estufa produzidas pelo Homem e as fontes naturais. Além disso, irá também auxiliar na obtenção de sinal.
Em primeiro lugar, o fabricante franco-italiano Thales Alenia Space foi incluído na construção do CO2M. Assim, vai fornecer um espectrómetro combinado de dióxido de carbono e dióxido de azoto, que funciona em ondas curtas de infravermelhos.
Em segundo lugar, irá ser construído um polarímetro multi-ângulo e, em terceiro, da empresa belga OIP Sensors surgirá um sistema que gerará imagens de nuvem.
Investimento que tem de ser feito aos poucos
Existem atualmente seis sistemas se satélite Sentinel que, ou já estão em órbita, ou serão enviados em breve. Aliás, o CO2M está inserido numa expansão que aumentaria em sobro a componente espacial de Copernicus.
Os líderes europeus acordaram recentemente uma redução do orçamento, em mil milhões de euros, direcionado para o programa Copernicus. Aliás, a OHB-System irá começar por construir e enviar dois satélites, ao invés de seguir o plano suposto e enviar três. Ou seja, a situação financeira é apertada.
Aliás, Josef Aschbacher, diretor do departamento de observação da Terra da ESA, disse que três satélites desempenhariam um trabalho muito melhor. Todavia, não sendo financeiramente possível podemos esperar “um trabalho impressionante”.
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