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Cientistas da NASA têm uma nova mensagem para os extraterrestres

O mundo mudou muito desde que a NASA colocou os discos de ouro nas Voyager. Estes mensageiros contêm sons e imagens selecionados como amostra da diversidade de vida e culturas da Terra e são dirigidos a qualquer forma de vida extraterrestre. Além desta mensagem, que está pelos confins do Universo, existem outras mensagens de rádio interestelar enviadas pelos grandes telescópios, como o Arecibo. Agora temos muitos outros a tentar encontrar vida alienígena.

Uma equipa de investigadores internacionais do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA delineou um novo design para uma mensagem destinada a formas inteligentes de vida extraterrestre.


Como devemos comunicar com os extraterrestres?

Uma equipa de investigadores internacionais, liderada por Jonathan Jiang do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, decidiu responder a esta mesma pergunta, de acordo com um relatório da Scientific American.

Embora ainda não tenhamos encontrado vida extraterrestre, a procura está a aquecer graças a projetos como o Telescópio Fast da China e o James Webb da NASA.

Com isto em mente, a equipa de Jiang na NASA delineou um novo design para uma mensagem destinada a formas inteligentes de vida extraterrestre num novo estudo pré-publicado no arXiv.org. O seu design é apresentado como uma atualização da mensagem interestelar Arecibo de 1974.

Beacon in the Galaxy: a nova mensagem

O estudo, intitulado “Beacon in the Galaxy”, é uma introdução básica à matemática, química e biologia, tal como os seres humanos a compreendem. São 13 páginas, com uma mensagem fortemente inspirada no trabalho que foi desenvolvido na mensagem Arecibo de 1974.

Na informação disponibilizada, a equipa de Jiang incluiu detalhes como a melhor altura do ano para transmitir a sua mensagem e potenciais alvos. Nessa explicação está incluído um denso anel de estrelas perto do centro da galáxia da Via Láctea.

Um detalhe importante que esta mensagem também acrescenta é um endereço de retorno que deve permitir a qualquer recetor localizar com precisão a Terra e enviar de volta a sua própria mensagem. Esperemos apenas que a mensagem não seja captada por uma espécie inteligente capaz de destruir sistemas solares.

A motivação para o design foi fornecer a máxima quantidade de informação sobre a nossa sociedade e a espécie humana na quantidade mínima de mensagem. Com melhorias na tecnologia digital, podemos fazer muito melhor do que a [mensagem Arecibo] em 1974.

Disse Jiang.

Como é que os extraterrestres vão compreender o que comunicamos?

Qualquer pessoa que tenha visto o brilhante filme de ficção científica ‘O Primeiro Encontro’ saberá que um dos primeiros portos de escala para oficiais após qualquer comunicação com uma espécie extraterrestre seria encontrar um linguista de classe mundial para ajudar a tentar decifrar a sua língua e permitir a comunicação.

Numa inversão da ideia apresentada neste filme, os investigadores da NASA propuseram-se a tornar a sua mensagem tão fácil de decifrar quanto possível para uma hipotética inteligência extraterrestre que não tem qualquer conceito da nossa língua ou dos nossos sistemas numéricos, que evoluíram arbitrariamente devido a influências culturais ao longo da história da humanidade.

Assim, decidiram apresentar a sua mensagem como um bitmap, um meio que utiliza código binário para criar uma imagem pixelizada. A mensagem Arecibo de 1974 também utilizou uma imagem bitmap para apresentar a sua mensagem da forma mais simples possível.

Uma amostra de uma nova mensagem destinada a ser enviada para potenciais extraterrestres inteligentes na galáxia. Crédito: “A Beacon in the Galaxy”: Mensagem Arecibo atualizada para potenciais projetos FAST e SETI”, por Jonathan H. Jiang et al. Pré-impressão publicada online a 4 de março de 2022 (CC BY-NC-SA 4.0)

A nova mensagem “Beacon in the Galaxy” também toma emprestado de outro projeto semelhante chamado Cosmic Call, que foi transmitido do telescópio Yevpatoriaradio na Ucrânia em 2003.

Esta informação apresentava um “alfabeto” de bitmap personalizado que utiliza a transição spin-flip de um átomo de hidrogénio para conotar a ideia de tempo, antes de marcar a data em que a transmissão foi enviada da Terra.

A mensagem composta pela equipa de Jiang também apresenta um esboço de um humano masculino e feminino, assim como um mapa da superfície da Terra e da sua localização na galáxia.

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