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Capacete magnético encolheu um tumor maligno no primeiro teste do mundo

Por muitas vezes, a tecnologia tem sido uma poderosa aliada dos vários campos da medicina. Aliás, já conhecemos muitos dispositivos capazes de detetar uma panóplia de doenças, bem como atuar contra elas. Desta vez, numa estreia mundial, um capacete magnético conseguiu reduzir um tumor maligno.

O dispositivo pode ser, facilmente, operado em casa.


O cérebro é o principal órgão do ser humano, mas também dos mais sensíveis. Por essa razão, todas as investigações e métodos que visem a sua preservação tornam-se muito relevantes. Como parte da mais recente descoberta neurológica, os investigadores utilizaram um capacete que gera um campo magnético, com o objetivo de encolher um tumor maligno.

Embora o paciente de 53 anos não tenha sobrevivido, devido a uma lesão não relacionada, a autópsia ao cérebro revelou que o procedimento tinha removido 31% da massa, num curto espaço de tempo. Então, este teste foi a primeira intervenção não-invasiva para tentar curar o glioblastoma, um cancro maligno cerebral.

Tumor maligno reduzido com um capacete magnético

O capacete magnético apresenta três ímanes rotativos ligados a um controlador eletrónico, baseado em microprocessador e operado por uma bateria recarregável. O paciente utilizou o capacete durante cinco semanas numa clínica e, posteriormente, em casa.

Inicialmente, a terapia promovida pelo capacete magnético foi utilizada durante 2 horas por dia, tendo depois sido aumentada para um máximo de 6 horas. Durante esse período, a massa e o volume do tumor do paciente encolheram quase um terço.

Segundo os investigadores, que receberam aprovação da agência americana Food and Drug Administration (FDA) para utilizarem o capacete magnético, um dia, este poderá ajudar a tratar o cancro no cérebro sem recorrer à rádio ou quimioterapia.

Os nossos resultados abrem um novo mundo de terapia não-invasiva e não tóxica com muitas possibilidades interessantes para o futuro.

Disse David S. Baskin, autor correspondente e diretor do Kenneth R. Peak Center for Brain and Pituitary Tumor Treatment no Department of Neurosurgery do Houston Methodist Neurological Institute.

 

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