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“Biorreator” de algas na Estação Espacial pode produzir oxigénio para os astronautas

Não há dúvidas do empenho das agências espaciais para desenvolver métodos e produtos que nos ajudem a viver no espaço. Afinal, tal como repetiu por várias vezes o cosmólogo Stephen Hawking “a raça humana terá que sair da Terra para sobreviver”. Assim, estamos a viver em época de grandes inovações tecnológicas dedicadas à vida extraterrestre.

Os astronautas estão prestes a testar um novo dispositivo chamado “Photobioreactor”. Este sistema usa algas vivas para converter dióxido de carbono em oxigénio respirável e produzir alimentos comestíveis.


Criado sistema de suporte de vida com recurso a algas

Os astronautas da Estação Espacial Internacional começaram a testar um biorreator inovador. Assim, com recurso a algas, o sistema avaliará se este produto é viável em futuras missões espaciais de longa duração.

O biorreator alimentado por algas, chamado Photobioreactor, representa um grande passo para a criação de um sistema de suporte de vida em circuito fechado. Desta forma, o dispositivo poderá um dia sustentar os astronautas sem missões de reabastecimento de carga da Terra. Isso será particularmente importante para futuras missões de longa duração na Lua ou em Marte, que exigem mais fornecimentos do que uma nave pode carregar, de acordo com uma declaração do Centro Aeroespacial Alemão (DLR).

O Photobioreactor chegou à estação espacial na segunda-feira (6 de maio) numa nave de carga SpaceX Dragon. A experiência é projetada para usar algas na conversão do dióxido de carbono exalado pelos astronautas na estação espacial em oxigénio e biomassa comestível através da fotossíntese.

 

Algas podem ser alimentação no Espaço

O Photobioreactor deverá trabalhar em conjunto com o sistema de reciclagem de ar físico-químico, ou Sistema Avançado de Malha Fechada (ACLS), que foi entregue à estação espacial em 2018. O ACLS extrai metano e água do dióxido de carbono na cabine da estação espacial. Por sua vez, as algas do fotobiorreator usarão o dióxido de carbono restante para gerar oxigénio. Desta forma, será criada uma solução híbrida formalmente conhecida como PBR @ ACLS, de acordo com a declaração.

Com a primeira demonstração da abordagem híbrida, estamos mesmo na vanguarda quando se trata do futuro dos sistemas de suporte à vida. É claro que o uso destes sistemas é interessante principalmente para estações base planetárias ou para missões muito longas. Mas estas tecnologias não estarão disponíveis quando necessário se as fundações não forem estabelecidas hoje.

Referiu em comunicado Oliver Angerer, líder da equipa de Exploração e líder do projeto para o experimento Fotobiorreactor no DLR.

 

A experiência irá cultivar algas microscópicas chamadas Chlorella vulgaris a bordo da estação espacial. Além de produzir oxigénio, as algas também produzem uma biomassa nutricional que os astronautas podem comer.

Criar uma biomassa comestível a partir de dióxido de carbono dentro da nave significa que menos comida precisaria ser transportada ou entregue em missões espaciais. Além do mais, os investigadores estimam que cerca de 30% da comida de um astronauta pode ser substituída por algas devido ao seu alto teor de proteína, de acordo com a declaração.

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