Há quem diga que o céu está cheio de “lixo” com os microssatélites. É verdade que muitos destes equipamentos fornecem-nos serviços muito importantes para a sociedade.
De acordo com informações recentes, os microssatélites estão a ser um problema para a qualidade do céu noturno, ao limitarem a observação de corpos celestes distantes por serem muito mais luminosos.
Microssatélites causam efeito poluente…
O alerta surgiu da astrónoma Teresa Lago, dias antes de cessar funções como secretária-geral da União Astronómica Internacional (UAI), cargo para o qual foi eleita em agosto de 2018, para um mandato de três anos.
Teresa Lago destacou como “problema premente” o “efeito poluente” de “milhares de microssatélites” na “qualidade do céu” noturno observável.
Segundo a astrónoma, apesar de serem “extremamente importantes para a comunicação”, estes pequenos satélites estão a limitar as observações astronómicas, em particular a de corpos celestes muito distantes, que têm uma luminosidade mais ténue.
Os nossos telescópios passam a vida a registar a passagem dos microssatélites porque são muito mais luminosos do que os objetos distantes
A União Astronómica Internacional (UAI), está a tentar influenciar os construtores para que a astronomia possa continuar em todos os comprimentos de onda de luz.
Uma das soluções passa por colocar “coberturas nos microsssatélites” para reduzir a sua visibilidade a partir da Terra.
A UAI é a entidade que reconhece oficialmente a atribuição de um nome a um corpo celeste, como um planeta, um asteroide ou uma constelação, e define as constantes físicas e astronómicas fundamentais e a nomenclatura astronómica.