No mundo são vários os laboratórios que estão a trabalhar intensamente numa vacina para a COVID-19. Os resultados ainda não são os esperados, mas tem havido algumas boas novidades. Uma das vacinas que se tem alguma esperança é na Ad26.COV2.S da Johnson & Johnson.
De acordo com o que foi revelado recentemente, a vacina produziu resultados positivos com apenas uma dose em 98% dos voluntários.
Uma vacina é uma preparação de antigénios (partículas estranhas ao organismo), que é administrada a um indivíduo, provocando uma resposta imunitária protetora específica de um ou mais agentes infecciosos. Os antigénios das vacinas podem ser vírus ou bactérias inteiros, mortos ou atenuados, ou fragmentos desses microorganismos. O antigénio escolhido para uma vacina deve ser “imunogénico”, ou seja, deve desencadear uma reação imunitária e não provocar a doença.
As vacinas são consideradas medicamentos, mas apresentam várias diferenças assinaláveis relativamente aos medicamentos clássicos.
Para uma vacina ser utilizada, é necessário um extenso processo, com diferentes fases ao longo de m período longo:
- fase inicial: investigação em laboratório e em animais
- fase de ensaio em humanos: duram normalmente vários anos e são constituídas por 3 etapas, em que, de acordo com os princípios éticos rigorosos, segurança e eficácia, as vacinas candidatas vão sendo progressivamente aplicadas a um maior número de pessoas
- Fase I – Os cientistas começam por testar o antivírus num grupo pequeno de pessoas;
- Fase II – A vacina é aplicada a centenas de pessoas, desde crianças a idosos, permitindo testar de que forma reagem os diferentes grupos etários
- Fase III – Vacinas serão aplicadas em milhares de pessoas até se verificar quantas irão ficar infetadas em comparação com voluntários que receberão um placebo.
- fase após a introdução da vacina na comunidade: vigilância estreita da eficácia a longo prazo e do eventual aparecimento de reações adversas
Vacina da Johnson & Johnson com bons resultados mas…
A Ad26.COV2.S, a vacina da Johnson & Johnson produziu bons resultados apenas uma dose. No entanto, não está provado que seja eficaz a proteger a população mais idosa. De relembrar que os mais idosos são o grupo mais vulnerável à infeção pelo Sars-CoV-2.
Segundo o DN, ensaio clínico englobou 1.000 adultos saudáveis. O desenvolvimento da vacina é apoiado pelo governo dos EUA, e começou logo após os primeiros testes, em julho, terem demonstrado uma forte proteção em macacos que também receberam apenas uma única dose. De acordo com a Reuters, na quarta-feira a empresa começou uma nova fase de testes, desta vez num universo de 60.000 pessoas (fase III), o que pode abrir caminho para um pedido de aprovação.
Os resultados da fase III deverão apenas surgir no final deste ano ou no início do próximo ano.
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