A China é um dos mercados de smartphones mais importantes para a Apple e para o iPhone. A empresa tem dominado as vendas neste mercado e garante assim uma fatia importante dos seus lucros. Este cenário parece agora estar a mudar, com as vendas a caírem e com a concorrência da Huawei e Honor a crescer.
Vendas da Apple caíram 23% na China
Para além de dominar no seu mercado natal, os EUA, a Apple tem o domínio em muitos outros. Um dos mais importantes, e de onde vem grande parte das suas vendas, é a China, onde sempre conseguiu manter-se no topo e garantir que o iPhone é a escolha da maioria dos consumidores, num mercado que ainda assim é muito fechado às suas marcas.
Num contexto em que as vendas de smartphones desaceleram, surgem notícias de que a Apple está a perder terreno. Os dados da Counterpoint revelam que a Apple terminou os primeiros dias de 2024 com um abrandamento significativo nas vendas.
Do que é revelado, as remessas da Apple caíram 24% relativamente ao ano passado. Para justificar esta situação, os analistas da Counterpoint associam a uma forte concorrência no mercado topo de gama e uma tendência para os consumidores da marca a manterem os seus smartphones por mais tempo.
Smartphones da Huawei e Honor crescem
A Huawei e a Honor foram as únicas duas empresas que registaram um crescimento positivo no que toca a vendas. As remessas da Huawei cresceram 64%, impulsionadas pela procura da família Mate 60, enquanto a Honor registou um crescimento de 2%. A Huawei ficou em segundo lugar em remessas nas primeiras seis semanas de 2024, logo atrás da vivo, enquanto Honor ficou em terceiro lugar.
Vivo e Xiaomi completam as 5 principais marcas de smartphones em remessas no período em causa analisado pela Counterpoint. Os analistas da empresa esperam que o crescimento negativo continue ao longo do primeiro trimestre deste ano.
No cenário geral, os dados da Counterpoint mostram uma queda de dois dígitos nas remessas em geral no período de 1 de janeiro a 11 de fevereiro em comparação com o último ano. A baixa confiança dos consumidores e a falta de lançamentos de destaque são as duas principais razões para este início de ano decepcionante para a Apple.