Nesta última semana, foram apontados à Apple vários novos assuntos, sendo certo que alguns ainda terão de ser oficializados, pois estão na esfera do rumor.
Desde a vontade da Apple em trocar as baterias inchadas do Apple Watch à cor dourada do iPhone X, passando pela perda de processos judiciais e novas patentes atribuídas… tem havido notícias de tudo e mais alguma coisa. Vamos saber afinal do que se fala.
Apple Watches Series 2: Troca gratuita de baterias avariadas
Este é um problema que tem surgido desde o Apple Watch de primeira geração e que obriga a Apple a ter de substituir as baterias inchadas dos relógios. A empresa, segundo um documento interno, deu indicações às Apple Store e Centros de Serviço Autorizados para passarem a trocar, gratuitamente, as baterias inchadas dos Watches Series 2 de 42mm.
Pese o facto dos relógios ainda funcionarem, estes serão tratados tal como os que já nem ligam. Ficam abrangidos todos os relógios para troca imediata durante três anos da data original de compra.
Segundo informações obtidas pelo canal MacRumors — o documento nada fala sobre a versão de 38mm, nem sobre o Apple Watch Series 1 ou o Series 3, mas engloba (é claro) os modelos Sport, Edition, Nike+ e Hermès. Este documento é global.
Noruega: Apple perde ação judicial contra loja de reparações
Ano passado, a Apple processou uma loja de reparações na Noruega, acusando o proprietário, Henrik Huseby, de infringir as marcas registadas da Apple usando peças de reposição não originais. Os detalhes sobre a ação foram partilhados ontem sob a etiqueta “Right to Repair” (direito à reparação) nos Estados Unidos.
A Apple começou por enviar ao proprietário da loja uma carta a exigir que ele parasse de usar os ecrãs de reposição na reparação de dispositivos Apple. Esta ação da Apple vem após ser descoberto que a loja usava ecrãs vindos de Hong Kong e eram recondicionados por fábricas de terceiros, com origem em painéis originais danificados.
A empresa de Cupertino queria que o proprietário parasse de imediato com essa pratica, destruísse as peças falsificadas e pagasse uma multa de 3 mil dólares. Além disso, a empresa queria que Henrik Huseby assinasse um termo comprometendo-se a nunca mais importar, vender ou trabalhar com itens que infligissem as marcas registadas da Apple.
Huseby não acatou o pedido da Apple e referiu que não assinaria ou obedeceria ao que era imposto. A Apple, depois de vários esforços, recorreu à justiça norueguesa, processando o pequeno empresário. Contudo, nem mesmo os cinco advogados que trabalharam no caso conseguiram que a Apple vencesse.
O tribunal “não proíbe que um reparador de smartphones norueguês importe ecrãs de smartphones de fabricantes asiáticos que sejam 100% compatíveis e totalmente idênticas aos ecrãs do próprio iPhone da Apple, desde que a marca registada da Apple não seja aplicada ao produto”. […]
O caso não está de todo resolvido, há alegações importantes de parte a parte e a empresa de Cupertino recorreu da decisão. Ambas as partes aguardam as novas considerações do tribunal norueguês.
Apple desistiu de lançar um iPhone X dourado
A Apple tem uma “paleta de cores” para os seus produtos onde é incluído, quase sempre, o tom dourado. Uma cor que apareceu com o iPhone 6. Desde então a empresa tem colocado o “gold” em vários dispositivos. Nos rumores que fizeram a pré-história do iPhone X, vimos uma cor que mais tarde, à data do lançamento oficial do iPhone X, não apareceu: o dourado.
Na verdade, segundo o que podemos agora perceber através de documentos e imagens enviados pela Apple à FCC, em julho do ano passado, existia de facto um iPhone X dourado (que foi até enviado à FCC) mas que simplesmente nunca chegou ao mercado. A empresa de Cupertino poderá ter desistido da ideia.
O site MacRumors levantou a hipótese de que o problema pode ter sido na estrutura de aço inoxidável, isto porque a Apple não tem a “tradição” no dourado neste material, pois existe o iPhones 8/8 Plus em dourado, mas têm a moldura feita de alumínio.
watchOS 4.3.1: Haverá novos mostradores no Apple Watch?
Desde que o Apple Watch foi apresentado, os programadores pediram que fosse possível criar os seus próprios mostradores de relógio. Atualmente, apenas a Apple pode fornecer esses rostos dos relógios, alguns deles têm conteúdo da Pixar e da Disney. As razões para a falta dos mostradores de terceiros podem ser muitas, incluindo o desejo da Apple de controlar a experiência e a marca o máximo possível.
O código encontrado no watchOS 4.3.1 sugere que isso poderá mudar no futuro. Um componente da estrutura NanoTimeKit, responsável pelos mostradores do relógio, implementa um servidor de ferramentas de programador que provavelmente foi projetado para se comunicar com o Xcode em execução num Mac.
Um dos seus métodos tem uma mensagem de log muito interessante:
Parece clara a mensagem desse código. Existe um recurso, que não está implementado atualmente, mas que é algo da vontade da Apple. É certo que poderá só ser uma novidade para o watchOS 5, ou até ser descartado por completo. Contudo, está visível que a empresa de Cupertino quer trazer esta possibilidade aos programadores, pois é uma área onde é fácil fazer boa receita. Já pensaram como seria fantástico poder instalar novos mostradores de relógio do seu Apple Watch?
Apple avisa e ameaça funcionários sobre fugas de informação
A Apple publicou recentemente um memorando de advertência “longo” no seu site interno, que usa táticas de intimidação agressivas tendo como intenção alertar os funcionários contra fugas de informação para a comunicação social relacionadas com os detalhes acerca de produtos futuros, informa a Bloomberg.
Em 2017, a Apple informou que identificou 29 pessoas que furaram as regras e levaram para fora da empresa informações privilegiadas e que dessas 29, 12 foram presas:
Essas pessoas não apenas perdem os seus empregos, elas podem enfrentar extrema dificuldade em encontrar emprego noutros lugares.
Referiu a empresa no memorando.
O documento detalha vários casos em que dados confidenciais “vazaram para a comunicação social”, como a informação do iOS 11 GM, que divulgou detalhes no iPhone X, e reuniões onde Craig Federighi detalhou atrasos em funcionalidades planeadas para o iOS 12, dando conta que se iria concentrar na melhoria dos recursos existentes. Os funcionários que passaram essa informação foram identificados e demitidos, disse a Apple.
Também adverte os funcionários da Apple contra fazer amizade com membros da imprensa, analistas e bloggers e “serem usados”.
Partilhar informação privada, de âmbito estritamente interno de uma empresa poderá ter graves consequências. Quem for apanhado a prevaricar poderá ter graves implicações na sua vida profissional. A Apple refere que estas fugas de informação são completamente evitáveis, pois partem de uma decisão de alguém que não considerou nem ponderou o impacto das suas ações. Em causa, resumindo as palavras da empresa, poderá estar o trabalho de todos os 135 mil funcionários da empresa e a melhor forma de honrar o seu trabalho é não falar sobre assuntos internos e confidenciais da empresa.
Apple recebeu OK de mais 57 patentes
O Departamento de Marcas e Patentes dos Estados Unidos, publicou oficialmente uma série de 57 novas patentes concedidas à Apple Inc. Neste relatório em particular, destaca-se a invenção detalhada da Apple sobre a criação de um Apple Watch com uma interface circular registada meses após o lançamento do Apple Watch com uma interface retangular.
A segunda patente coberta é a quarta invenção detalhada da Apple, relacionada ao Projetor de pontos do iPhone X, incluído na câmara TrueDepth. Mas há mais patentes interessantes nesta lista publicada há dias.
Todas estas patentes poderão permitir num futuro o desenvolvimento de produtos e serviços que enriqueçam o ecossistema da empresa de Cupertino. Muitas delas estão em investigação há anos mas só agora são atribuídas.