Depois de ter adiado o regresso dos funcionários ao escritório, previsto para fevereiro, a Apple avisou, agora, que estes deverão voltar já no próximo dia 5 de setembro. Na sequência deste aviso, está a circular uma petição em protesto contra estes planos.
O grupo de defesa dos trabalhadores da Apple exige mais flexibilidade.
Em fevereiro, uma nova variante da COVID-19 provocou o adiamento do regresso dos funcionários da Apple ao escritório. Estes tiveram a oportunidade de trabalhar a partir de casa, tendo recebido 1.000 dólares a serem investidos nas suas necessidades profissionais.
Agora, a empresa partilhou com os seus colaboradores que o retorno deverá acontecer no dia 5 de setembro, e avisou que deverão trabalhar a partir das instalações pelo menos três dias por semana.
Funcionários da Apple contra modelo de trabalho
Descontentes com os planos definidos pela empresa, e em resposta à obrigatoriedade do regime presencial durante três dias por semana, um grupo de trabalhadores fez circular uma petição que exige mais flexibilidade relativamente ao trabalho remoto.
O grupo de defesa de nome Apple Together defende que a cultura de sigilo da empresa impossibilita momentos informais e que os trabalhadores são mais felizes e produtivos com um regime mais flexível. Pelo contrário, Tim Cook sempre alegou defender que a colaboração presencial é fundamental para o sucesso da Apple.
Apesar da sua perspetiva, o executivo da Apple já adaptou o modelo que vai adotar daqui em diante. Se inicialmente o plano previa que os trabalhadores tinham de trabalhar a partir do escritório à segunda, terça e quinta-feira, agora, a obrigatoriedade abrange apenas terça e quinta, ficando o terceiro dia sujeito à decisão das equipas.
A rigidez interpretada pelos funcionários já promoveu a saída do chefe de machine learning da Apple, Ian Goodfellow, que procurou, na Google, um modelo de trabalho mais flexível.
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