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Falha no iPhone permite que hackers tenham acesso a ficheiros excluídos recentemente

O iOS 12 está permanentemente a ser escrutinado, na busca de problemas, falhas e situações que levam a Apple a pagar por essa informações.

Dois hackers ganharam 50 mil dólares por descobrir um “buraco” no iPhone X que lhes permitiu o acesso a fotografias apagadas do dispositivo.


Equipa “veneno” descobre porta para entrar no iPhone X

Estes dois hackers, de nome Richard Zhu e Amat Cama, juntaram forças, criaram a equipa Fluoroacetate, para atacar um dispositivo da Apple que estava atualizado com a versão iOS 12.1. Exploraram fraquezas do navegador Safari e conseguiram uma “porta” para ter acesso a informações que, supostamente, deveriam estar eliminadas do dispositivo.

A Apple já foi informada, de acordo com as regras do concurso Mobile Pwn2Own, evento que reúno os mais prestigiados “hackers” do mundo. Este ano o evento teve lugar em Tóquio, no Japão.

Segundo a Forbes, a vulnerabilidade foi encontrada no compilador just-in-time (JIT) do iOS. Um ataque poderia ser realizado recorrendo um ponto de acesso Wi-Fi malicioso, tornando-se assim um chamado “cenário de cafetaria” para hackers.

O ataque explora o método como o sistema de exclusão de ficheiros da Apple funciona. No iOS, quando um ficheiros é excluído, permanece no dispositivo num formato “diferenciado” durante 30 dias, antes de ser completamente excluído sem hipótese de recuperação.

Embora estes ficheiros de 30 dias ou mais não possam ser recuperados pelos hackers, a vulnerabilidade permite que os atacantes possam ter acesso às imagens excluídas recentemente. Não está claro se o hack se aplica a iPhones além do iPhone X.

Ainda não há feedback da empresa de Cupertino em relação a esta vulnerabilidade. Mas os “hackers” já ganharam o prémio de 50 mil dólares.

 

A Apple não dá recompensa pelos bugs?

Neste caso dos 50 mil dólares, foi através de um programa de recompensas de bugs de terceiros. Contudo, a Apple também oferece aos hackers a chance de ganhar um pagamento se descobrirem vulnerabilidades no Mac ou no iOS. O programa foi lançado em setembro de 2016 e oferece recompensas de até 200 mil dólares.

O programa não está aberto a todos. Os participantes são convidados e o programa apenas está disponível a investigadores aprovados que revelaram bugs à Apple no passado. A Apple encoraja os hackers a doarem os seus ganhos a instituições de solidariedade.

 

Telefones Android também foram “hackeados”

Como parte da competição, a equipa Fluoroacetate também encontrou uma forma de roubar informações de dispositivos com sistema operativo Android, incluindo o Samsung Galaxy S9 e o Xiaomi Mi 6. Os investigadores da MWR Labs da F-Secure também mostraram hacks contra os mesmos dispositivos.

Tal como acontece com a Apple, os fornecedores foram informados e os patches devem estar a chegar aos utilizadores dentro de alguns dias (embora demore sempre mais nos dispositivos Android).

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