A decisão da Apple de remover o carregado do iPhone foi aplaudida muitos, visto ter uma motivação ambiental, apesar de haver também uma vertente económica. Se na maioria dos casos a resposta foi positiva, houve alguns que ainda estão a trazer problemas para a empresa.
Um dos locais onde tem sido mais visada é no Brasil, onde tem acumulado multas e castigos ao longo do tempo. Uma nova multa foi agora aplicada, novamente porque a Apple removeu o carregador no país e continua a vender o iPhone nestas condições.
Apple volta a ser multada no Brasil
Ao longo dos últimos meses as autoridades do Brasil têm tentado demover a Apple da sua decisão. Querem que o carregador do iPhone volte a fazer parte do seu pacote de venda, revertendo a sua decisão global que foi tomada no sentido contrário a este.
Para isso tem aplicado várias multas, de valores cada vez mais elevados. Agora foi a Procon de Florianópolis que determinou mais um castigo a aplicar à Apple, com um valor que foi novamente aumentado, atingindo desta vez os 8 milhões de Reais, ou cerca de 1,5 milhões de euros.
A empresa também se justificou citando a inexistência de prejuízo para o consumidor, de venda casada ou prática abusiva e ainda alegou que a prática de não incluir o adaptador do carregador na venda do smartphone beneficia o meio ambiente e é uma política internacional da marca.
iPhone sem carregador é a razão da multa
O adaptador do carregador integra o smartphone e já é um hábito do consumidor usá-lo em tomadas de energia, por mais que haja outras formas de realizar esse procedimento, através do cabo USB. A venda sem o adaptador pela empresa, de forma abrupta, configura prática abusiva.
Esta decisão surge depois da Procon de Florianópolis ter pedido por várias vezes em 2022 à Apple que fornecesse alguns dados sobre as suas vendas. Pretendiam saber quantos smartphones foram vendidos na região desde novembro de 2020. A empresa terá ignorado estes pedidos.
A Apple já terá afirmado às autoridades que não consegue detalhar o número certo de dispositivos vendidos nessa região. Fez também questão de reforçar que a decisão de remover o carregador não é exclusiva do Brasil e que faz parte de uma política internacional adotada e que quer beneficiar o meio ambiente.
Autoridades rejeitam justificações da Apple
As justificações da Apple foram de imediato rejeitadas, visto que o carregador integra o smartphone e é já um hábito do consumidor usá-lo em tomadas de energia, mesmo existindo outras formas de realizar esse procedimento, com o cabo USB. Além disso, revelaram que a venda sem o carregador, de forma abrupta, configura uma prática abusiva.
A Apple continua assim a ser castigada pela decisão que tomou e que levou muita da indústria consigo nesse movimento. O Brasil quer inverter essa mudança e garantir aos clientes que o iPhone tem o carregador presente e pronto a ser usado.