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Apple criticada por armazenar dados de utilizadores na China

Efetivamente, a China é um país altamente autoritário e controlador. Aliás, todos os passos dos cidadãos são monitorizados, agravando-se quando a questão é a atividade daqueles na internet. Nesse sentido, a Apple está a ser criticada por armazenar os dados dos utilizadores em bases do país.

A gigante de Cupertino já confirmou a informação, mas adiantou que nunca comprometeu a sua segurança.


Apple em apuros

Na sequência de uma investigação levada a cabo pelo The New York Times, a Apple confirmou que está a armazenar os dados dos clientes chineses em centros baseados na China. Isto é um problema, porque, tendo em conta o sistema do país, a privacidade dos utilizadores poderá estar realmente em causa.

Embora tenha afirmado nunca ter comprometido a segurança dos utilizadores e dos seus dados, a Apple disse também que está a cumprir a lei chinesa relativamente ao armazenamento. Aliás, a gigante de Cupertino revela cumprir as leis de todos os países onde está presente.

Nesse sentido, um perito disse à BBC que, estando a cumprir a lei chinesa, a Apple estava a entregar dados ao governo.

Empresa garante a melhor tecnologia na proteção de dados

Esta situação adquire toda uma dimensão preocupante, para os utilizadores, uma vez que a China é acusada de utilizar tecnologia para localizar os cidadãos e, além disso, para vigilância em massa.

Há muito tempo que me teria sentido desconfortável [a utilizar produtos Apple] se fosse um crítico do governo chinês.

Disse Michael Posner, diretor do Centre for Business and Human Rights da New York University. Acrescentando que, ao alojar os dados, ainda que encriptados, em servidores dentro da China, a Apple está a “jogar segundo as regras chinesas”.

Em contrapartida, a Apple sublinha que mantém o controlo de todas as chaves de encriptação dos dados dos utilizadores e, a cada novo centro, é-lhe oferecida a “oportunidade de utilizar as mais avançadas tecnologias de hardware e segurança da para proteger essas chaves”.

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