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Steve Jobs faleceu há sete anos: a épica jornada de um grande visionário

Steve Jobs faleceu no dia 5 de outubro de 2011, completam-se hoje sete anos desde tal dia. O visionário por trás de grande parte do sucesso da Apple não resistiu ao cancro pancreático que o afetou nos seus últimos anos de vida.

Desde então, têm sido múltiplas as homenagens a um dos maiores visionários das últimas décadas, que contribuiu bastante para a forma atual como os humanos interagem com a tecnologia.


A dupla com Steve Wozniak e o começo de uma nova era

Durante a juventude, Steve Jobs conheceu Steve Wozniak e ambos nutriam uma paixão enorme pela eletrónica e computação, uma área emergente na altura e que revelou ser de extrema importância. Os dois jovens começaram então a trabalhar juntos, inicialmente num equipamento que permitia realização de comunicações a longa distância de forma gratuita, a famosa Blue Box.

Com a evolução da computação e a curiosidade dos “dois Steves”, foi desenvolvido o icónico Apple II que até hoje se mantém como um dos objetos mais emblemáticos do século XX. Durante muitos anos, foi o maior sucesso comercial da Apple e que a tornou uma referência no mercado dos computadores pessoais.

Ao longo dos anos seguintes foram lançados vários produtos mas nenhum conseguiu a proeza alcançada pelo Apple II. O único que se conseguiu aproximar de tal feito foi o Macintosh, apresentado de forma épica no dia 24 de janeiro de 1984. Não obstante, tal equipamento não foi suficiente para nivelar as águas dentro da Apple.

Steve Jobs, na altura um jovem excêntrico e rico, tinha demasiadas idiossincrasias na sua forma de agir e gerir as operações da empresa. Haviam divisões internas dentro da empresa, Steve Jobs era o “pirata” da Apple e isso acabou por ditar o seu afastamento em 1985.

Nos anos seguintes, Steve Jobs dedicou-se à NeXT, num nicho de mercado bem mais específico. A NeXT dedicava-se à criação de computadores para instituições de ensino e conseguiu algum sucesso. O seu maior trunfo estava no seu sistema operativo e que acabou por ser responsável pela aquisição da empresa… pela Apple!

Dá-se assim o regresso de Steve Jobs à Apple, em 1997, a que seria a sua última casa e onde lançou inúmeros equipamentos bem sucedidos.

O “second round” na Apple

Com o mercado dos computadores pessoais bem mais desenvolvido e com um Steve Jobs bem mais maduro, deu-se início à recuperação da empresa que fundou juntamente com Steve Wozniak e Ronald Wayne.

O “salvamento” da Apple por parte da Microsoft, o iMac, o Mac OS X, iPod e iTunes, iPhone e App Store, iPad… Tudo isto foram marcos na empresa desde o regresso de Steve Jobs em finais dos anos 90 e que, indubitavelmente, contribuem para que seja hoje a empresa mais valiosa do mundo.

O mais particular sobre Steve Jobs, para além da importância que dava aos parâmetros técnicos e tecnológicos nos seus produtos, era a sua ambição em exprimir alguma essência humana nos seus produtos.

Os produtos da Apple foram pioneiros em conseguir que os utilizadores se apegam a eles de forma única, com a experiência de utilização que proporcionam, o seu design minimalista mas funcional e o estatuto que se foi formando em torno dos produtos da empresa de Cupertino.


As influências do visionário

Mesmo sendo um visionário, Steve Jobs teve várias influências ao longo da sua vida. O seu pai adotivo, Paul Jobs, transmitiu-lhe várias lições de design, concepção de produtos e o rigor associado a estes processos

A personalidade obsessiva de Jobs para os pormenores dos seus produtos – que tanto afetaram os preços finais dos equipamentos, especialmente na sua primeira passagem pela Apple – das famosas linhas de produção da Apple e mesmo na relação com outras pessoas, com certeza devem-se a Paul Jobs.

Outra grande influência para Steve Jobs foi a cultura e filosofia oriental, especialmente o budismo. Tal como os Beatles nos anos 60, também Steve Jobs fez uma espécie de viajem revitalizante à Índia durante a sua juventude. Tais influências revelaram-se em vários episódios ao longo da sua vida, em especial na maneira como estava a encarar a sua morte, cada vez mais iminente.

Durante quase toda a minha vida senti que devia haver na nossa existência mais do que a nossa vista alcança. Gosto de pensar que algo sobrevive para além da morte. É estranho pensar que acumulamos toda a nossa experiência, e talvez um pouco de sabedoria, e que tudo isso desaparece. É por isso que quero acreditar que algo sobrevive, que talvez a nossa consciência perdure.

Mas, por outro lado, talvez seja como um interruptor: Clique! E já está. Talvez seja por isso que nunca gostei de pôr interruptores nos dispositivos Apple.

|Biografia de Steve Jobs por Walter Isaacson.

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