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5 dicas para deixar o macOS mais produtivo

Ao longo dos anos, a Apple vai potenciando o seu sistema operativo para os computadores Mac, por forma a levar ao utilizador o nível de serviço que estes procuram. Este sistema adapta-se ao consumidor macOS de forma a responder ao que é necessário, mesmo que não seja da forma mais convencional, podendo ser da forma mais otimizada.

Hoje, para mostrar que há funcionalidades super úteis que não estão logo na página da frente do Finder, vamos deixar 5 dicas para aumentar a produtividade do seu Mac.


O macOS é um sistema que evoluiu ao longo dos anos trazendo facilidades na utilização, colocando ferramentas úteis para resolver problemas e equipando os Macs com o necessário em termos de segurança. Não, não precisa de um antivírus de terceiros, o macOS traz um nativo, não não precisa de uma Firewall, o macOS traz uma nativa e também não precisa de ferramentas de monitorização da sua rede… sim adivinhou, o macOS traz.

 

1 – Desbloquear automaticamente o Mac com o Apple Watch

O Desbloqueio Automático oferecerá acesso instantâneo ao Mac quando o utilizador estiver a usar o Apple Watch. É só acordar o Mac e já está; nem precisa de palavra-passe.

Para que tenha este sistema a funcionar, há que dar umas voltas, pequenas, para activar e configurar alguns parâmetros. Depois de pronto… é só chegar, acordar o Mac e está feito o “login”.

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O Desbloqueio Automático funciona quando o utilizador está a usar o relógio e está próximo do Mac. Se necessário, aproxime o relógio um pouco mais.

 

Configurar o Desbloqueio Automático

Use o Desbloqueio Automático em qualquer Mac e Apple Watch que atendam aos requisitos do sistema para a função Continuidade. Certifique-se de que os dispositivos estão configurados da seguinte maneira:

  • O Mac e o Apple Watch iniciaram sessão no iCloud com o mesmo ID Apple.
    No Mac, escolha o menu Apple () > Preferências do Sistema e clique em iCloud.
    No iPhone, abra o app Watch e vá a Geral > ID Apple.
  • O Apple Watch está a usar um código.
    No iPhone, abra a app Watch e toque em Código.

  • A opção “Permitir desbloquear o Mac com o Apple Watch” nas preferências de Segurança e Privacidade está seleccionada no Mac.
    Seleccione menu Apple > Preferências do Sistema, clique em Segurança e Privacidade e no separador Geral.

Agora reinicie o seu Mac e verá que apenas necessita estar perto do seu computador para ele se autenticar e abrir “portas” sem ter de meter qualquer palavra-passe.

Claro que quem não conhece o sistema pensa que basta “roubar” ou levar o relógio e já está… nada disso, lembrem-se que para “activar” a utilização do Apple Watch o utilizador tem de colocar o código secreto ou, mais simples, colocar o dedo no Touch ID do iPhone. Este gesto autentica no pulso o Apple Watch. Sem códigos no iPhone, no Apple Watch e no Mac.

 

2 – Partilhe uma pasta entre o macOS e o Windows 10

Hoje em dia o que não faltam são serviços que permitem a partilha de ficheiros entre dispositivos mesmo que com sistemas operativos diferentes. No entanto, numa LAN (Local Area Network) podemos facilmente partilhar uma ou várias pastas entre máquinas de forma segura e rápida.

Vamos ver então como podem partilhar uma pasta entre o macOS e o Windows 10.

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O macOS, assim como o Windows, oferece funcionalidades que permitem partilhar facilmente uma pasta. Para tal, basta que realize os seguintes passos:

 

Passo 1 – Criar um utilizador para a partilha

Para não termos de andar a dizer as nossas credenciais para acesso à partilha, podemos simplesmente criar um utilizador para esse efeito. Para tal, basta ir a Preferências do Sistema > Utilizadores e Grupos.

Em seguida clique no ícone de cadeado para desbloqueá-lo e, depois, digite o nome e a palavra-passe de administrador.

Clique agora no botão Adicionar por baixo da lista de utilizadores.

No campo Nova Conta devem escolher o tipo de utilizador Só Partilha: os utilizadores apenas de partilha podem aceder remotamente a ficheiros partilhados, mas não podem iniciar sessão no computador nem alterar definições.

Por fim devem carregar em Criar Utilizador.

 

Passo 2 – Ativar a partilha

Para ativar a partilha de dados no macOS devem voltar às Preferências do Sistema e aceder a Partilha.

Dentro da Partilha ativem o serviço Partilha de ficheiros e depois carreguem em Opções.

Aí dentro devem indicar o utilizador (com perfil Só Partilha) que criaram. Para ativar a partilha de ficheiros por SMB para esse utilizador devem indicar a palavra-passe dessa conta.

 

Passo 3 – Indicar pastas a partilhar

Por fim basta indicar quais os diretórios que pretendem partilhar com outras máquinas. Para isso basta que escolham as “Pastas partilhadas” carregando em + e depois adicionando os diretórios que pretendem.

O próximo passo é indicar quais os utilizadores que podem ter acesso remoto a esses diretórios.

Por fim, definam as permissões para cada utilizador, por exemplo, na imagem seguinte o utilizador Pplware-Share apenas tem permissão de leitura para o diretório Filmes.

Como aceder à partilha a partir do Windows?

O acesso à partilha é ainda mais fácil. No caso de estar em Windows basta que abra o Explorador de Ficheiros e depois carregue em Rede para que o sistema procure máquinas na mesma rede.

Depois de encontrar a máquina que tem a partilha, basta selecioná-la e indicar as credenciais de acesso para assim conseguir aceder aos conteúdos partilhados.

O resultado será semelhante ao da imagem seguinte:

Como viram partilhar ficheiros, em segurança, entre o macOS e o Windows 10 é uma tarefa extremamente simples. Com a criação de um utilizador apenas para partilhas deixa de ser necessário revelar as credenciais do utilizador do sistema para acesso à partilha remota. Experimentem.

 

3 – Redes Wireless? O macOS tem tudo o que precisa

Se mudou do Windows para o macOS vai notar algumas diferenças positivas, uma delas é a quantidade de ferramentas de rede que a Apple disponibiliza nativamente para tarefas que no Windows teria de recorrer a aplicações de terceiros.

Assim, vamos mostrar um conjunto de ferramentas fantásticas que o macOS disponibiliza e que permitem ver várias informações e analisar as redes wireless.

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O macOS disponibiliza uma função designada de “Diagnóstico da Rede sem Fio” que permite analisar rede Wi-Fi e obter várias informações. Esta função analisaremos num próximo artigo porque hoje vamos conhecer as ferramentas adicionais que são disponibilizadas pela mesma.

 

Como abrir o Diagnóstico da Rede sem Fio?

O Diagnóstico da Rede sem Fio é uma função que está “escondida”. Para lhe aceder deverá carregar na tecla alt e depois, com o rato carregar no ícone da rede na barra superior. Além do acesso a outras funcionalidades, é de imediato possível ver várias informações da rede Wi-Fi onde estamos ligados.

Depois disso basta aceder ao Menu Janela, onde são disponibilizadas vários utilitários para analisar e saber mais informações sobre as redes Wi-Fi.

 

Informação

Dentro de Informação são disponibilizados vários dados sobre a rede onde estamos ligados. Nome da rede, qualidade do sinal, força do sinal actual – RSSI (Received Signal Strength Indication), Ruído, Banda do canal, largura do canal, etc.

 

Registos

A opção Registos ativa o registo em background do Wi-Fi e de outros componentes do sistema. O resultado é guardado num ficheiro .log. O registo continua mesmo quando fecha a app ou reinicia o Mac, por isso lembre-se de desativar o registo quando terminar.

Dentro do ficheiro de log é possível ver todo o que acontece ao nível da interface Wi-Fi.

 

Pesquisar

A opção Pesquisar, tal como o nome sugere, permite encontrar redes Wi-Fi. Nesta interface é possível saber quantas redes operam na gama dos 2,4 Ghz e nos 5Ghz. É ainda possível saber os Mac Address dos routers, RSSI e protocolo usado.

 

Desempenho

A opção Desempenho apresenta três gráficos em tempo real onde é representado o desempenho da ligação Wi-Fi:

  • Velocidade: apresenta a velocidade de transmissão ao longo do tempo em Mbps;
  • Qualidade: apresenta a relação sinal/ruído ao longo do tempo. Quando a qualidade de sinal é demasiado baixa, o dispositivo desassocia-se do router Wi-Fi.
  • Sinal: apresenta a força do sinal (RSSI) e as medições de ruído ao longo do tempo.

 

Analisador

A opção Analisador captura informações sobre o tráfego da interface Wi-Fi, o que pode ser útil para diagnosticar algum tipo de problema. A informação é guardada num ficheiro .wcap normalmente em /var/tmp.

 

Monitor

Por fim, a opção Monitoré semelhante ao utilitário Desempenho, mas apresenta uma janela mais pequena que inclui um gráfico com o sinal (RSSI) e as medições de ruído ao longo do tempo, e um outro gráfico com a velocidade de transmissão ao longo do tempo.

E são estas algumas das ferramentas que o sistema da Apple disponibiliza nativamente. Com esta informação podemos melhorar o nosso acesso à rede tanto ao nível da velocidade como da estabilidade.

 

4 – Como aceder às palavras-passe que gravou no Mac

Muitas vezes gravamos as palavras-passe no nosso Mac (que até o sistema faz questão de o fazer automaticamente) e depois simplesmente deixamos de as manter vivas na memória. Seja no Safari ou mesmo as palavras-passe do Wi-Fi que o macOS grava, ficam automaticamente guardadas no Porta-chaves do sistema operativo e nós deixamos de ter de as decorar.

Vamos mostrar como podemos ter acesso ao Porta-chaves e descobrir um manancial de boas informações… que até já tínhamos perdido a ideia.

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Porta-chaves do macOS

Na verdade, o Safari tem algumas palavras-passe gravadas, assim como o Google Chrome também as tem, ou mesmo o Firefox mas o macOS guarda tudo num sistema que partilha entre os seus dispositivos que se chama Porta-chaves iCloud.

 

 

Mas o que é o Porta-chaves iCloud?

O Porta-chaves iCloud mantém os nomes de utilizador e palavras-passe de sites do Safari, as informações de cartões de crédito e as informações das redes Wi-Fi atualizados em todos os seus dispositivos aprovados com o iOS 7.0.3 ou posterior, ou o OS X Mavericks 10.9 ou posterior.

O Porta-chaves iCloud também pode manter atualizadas as contas que utiliza no Mail, nos Contactos, no Calendário e nas Mensagens em todos os seus computadores Mac. Ao iniciar sessão no Facebook, Twitter, LinkedIn e outras contas da Internet, o iCloud adiciona automaticamente os nomes de utilizador e palavras-passe a todos os seus dispositivos.

 

Como aceder às palavras-passe que estão no Porta-chaves?

Primeiro passo:

Comecem então por aceder ao Porta-chaves, que está na pasta Utilitários do menu Aplicações.

Segundo passo:

Agora dentro do Porta-chaves, no menu do lado direito, clique em Palavras-passe.

Terceiro passo:

Agora vamos usar a área de pesquisa, no canto superior direito, para tentar encontrar o serviço que queremos descobrir a palavra-passe. Neste caso em concreto, vou tentar descobrir a palavra-passe da minha Internet móvel.

Assim, em cima vou escrever o nome do meu operador para tentar perceber qual dos serviços será a Internet móvel.

Bom, encontrei vários resultados, mas pelo SSID ou pelo nome da rede que o router móvel propaga, percebi qual é o meu. Agora para tentar saber a password passamos ao passo seguinte.

Quarto passo:

Selecionando o serviço que pretendemos descobrir a passe, damos dois cliques em cima e será aberta a janela dos Atributos e Controlo de acessos deste elemento. Se repararem mais abaixo podemos solicitar que nos seja mostrada a palavra-passe.

Quando clicamos neste ponto é de imediato solicitada a colocação da palavra-passe do porta-chaves. Esta palavra-passe é solicitada na altura que configura a sua conta Apple. Se eventualmente não souber como foi configurado ou se necessitar de ajuda para o voltar a configurar, veja este guia da Apple que facilmente o conduz pelos passos necessários.

Logo que colocada, temos a palavra-passe revelada e podemos guardar para não voltar a esquecer. Esta janela permite mesmo criar uma anotação para mais tarde podermos ter uma pista ou qualquer informação extra, pode ser útil, tal como poderá ver na imagem em baixo.

Além disso, e dado que ao longo da vida irão colecionar muitas palavras-passe, pode remover material já velho, podem mesmo atualizar as palavras-passe e mudar outra informação que achem relevantes. Este é um sítio interessante pois poderá ser o último reduto de muita informação que ao longo da vida foi guardando e que o seu cérebro apagou há muitos anos.

 

5 – Ativar manualmente a leitura e escrita NTFS no Mac

Esta é uma dica de ouro e grande parte das pessoas, utilizadores por vezes com anos de macOS, desconhece porque razão um disco externo formatado com o sistema de ficheiros NTFS, que por acaso é o mesmo sistema que o Windows usa, quando chega ao Mac este consegue ler os ficheiros mas não consegue escrever dentro dessa drive. Sabe a razão?

É simples. A Apple tem um sistema de ficheiros que se chama Mac OS Extended (HFS+) que é diferente do sistema NTFS e por isso tem essa “dificuldade”. As pessoas para contornar esta suposta limitação dos Mac instalam aplicações de terceiros, mas quem tem um Mac sabe que existe solução nativa para praticamente tudo… sim, até para ativar manualmente a leitura e escrita do NTFS no macOS. Vamos então ver como se faz isso.

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Antes de mais era importante que percebesse um pouco sobre os diferentes sistema de ficheiros que existem nos vários sistema operativos e como estes, ao longo dos anos, foram evoluindo. Com isso, a compatibilidade e o suporte foi modificando assim como certas características. Por exemplo, um disco externo, ou uma pen formatada com o sistema Fat32 não suporta ficheiros maiores que 4GB. Muita gente desconhece, insistindo em colocar um filme e irrita-se porque dá erro sem saber a razão.

Façam o favor de ler este artigo que explica um pouco sobre isso e pode ser muito útil.

 

Apple troca HFS+ por APFS depois de 20 anos

Também é importante mencionar que a Apple está a dar um novo salto no que toca ao sistema de ficheiros no seu próximo sistema operativo, ou na próxima evolução do macOS, neste caso o High Sierra. Na keynote do passado dia 5 de junho, no WWDC, a Apple referiu que introduziu já o sistema de ficheiros Apple File System (APFS).

O intuito da empresa de Cupertino ao criar o APFS foi para melhorar a integração das suas diferentes plataformas, entre elas o iOS, macOS, tvOS e watchOS. Estas, embora sendo diferentes entre si, partilham vários recursos e têm políticas que são geridas e protegidas de forma comum.

O sistema atual, o chamado HFS+, data de 1998. Foi sendo modernizado, mas está antigo e os modernos suportes de armazenamento SSD anseiam por um sistema igualmente moderno e rápido. Outro ponto fundamental para este salto foi a questão da segurança. Assim, a Apple torna o seu sistema de ficheiros muito mais consistente e controlado, especialmente em relação à criptografia de dados.

 

Como ativar manualmente a leitura e escrita NTFS no macOS?

Primeiro, assegure-se que a sua drive NTFS tem apenas um nome singular e a seguir vá a Aplicações > Pasta Utilitários e lance o Terminal (por norma chamo o Spotlight e basta escrever terminal, enter e já está).

1: Abra o Terminal, escreva (ou cole esta linha) e dê Enter:

 sudo nano /etc/fstab

2: O Terminal deverá agora mostrar a janela do editor para o ficheiro fstab, onde poderá inserir tudo o que a seguir disponibilizamos. Assegure-se que muda a palavra NAME para o nome da sua drive (é sensível se for maiúsculas ou minúsculas, tenha isso em atenção):

LABEL=NAME none ntfs rw,auto,nobrowse

Quando acabar clique nas teclas Control-X para sair e depois letra Y e Enter. Agora desmonte a sua drive NTFS e anexe-a de novo. Quando fizer isso, o sistema já não o mostrará imediatamente no Finder.

3: Para a voltar a ver, abra de novo o Terminal e execute o seguinte comando, para o revelar no diretório de volumes ocultos onde o sistema monta todas as unidades anexadas:

 open /Volumes

Nas pastas que abriu, poderá ver o volume NTFS montado e poderá agora copiar ficheiros para dentro desse volume e gerir o mesmo, tal como o poderia fazer numa máquina Windows que reconhece esses sistema de ficheiros como nativo.

Se precisar de ter acesso a este volume frequentemente, poderá arrastar o mesmo para a barra lateral ou fazer um atalho da sua localização e colocar, por exemplo, na Dock. Pode igualmente tratar a mesma como se fosse uma pasta comum, depois explore as potencialidades.

 

Em resumo…

Claro que este recurso não terá o mesmo desempenho de leitura e escrita NTFS que os utilizadores Windows terão numa máquina Windows, até porque estamos a correr um sistema sobre outro, podendo eventualmente ser mais lento, mas a vantagem é não ter de instalar software de terceiros porque o macOS tem isto tudo lá dentro.

Em resumo…

Estas 5 são muito interessantes mas apenas uma gota num vasto oceano de novidades, funcionalidades e utilidades que devemos conhecer. Haveremos de voltar a este tema com um compêndio de mais outras tantas dicas. Tem alguma que queira partilhar?

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