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Análise Xiaomi Mi Pad 3 – O Smartphone em ponto grande

A Xiaomi é uma marca que já poucos desconhecem e que é responsável por um infindável leque de produtos transversais a diversas áreas.

Após o sucesso dos seus primeiros dois tablets, foi apresentado o novo Mi Pad 3, que traz algumas novidades interessantes que passamos a dar a conhecer em pormenor.


O Mi Pad 3 é um tablet totalmente construído em alumínio, que traz um ecrã de 7,9 polegadas, com uma resolução 2048 x 1536 píxeis (~326 ppp). Está equipado com um SoC MediaTek hexa-core MT8176 (2 x ARM Cortex A72 2.1 GHz e 4 x ARM Cortex A53 cores 1.7 GHz), uma GPU PowerVR GX6250, 4 GB de memória RAM e 64 GB de armazenamento interno.

Para fotografia traz uma câmara traseira de 13 MP com abertura f/2.2 e gravação a 1080p e uma câmara frontal de 5 MP com abertura f/2.0.

A bateria é de 6600 mAh e traz ainda Wi-Fi 802.11 a/b/g/n/ac, dual-band, Wi-Fi Direct e hotspot, possibilidade de inserir cartão SIM (consoante a versão), Bluetooth 4.0, GPS e ligação USB Tipo-C. Traz de fábrica Android 7.0 personalizado com MIUI 8.2.

Especificações

  • Processador: MediaTek MT8176
  • Sistema Operativo: Android 7.0 (MIUI 8.2)
  • Memória RAM: 4 GB
  • Ecrã: IPS 7,9″, de 2048 x 1536 píxeis
  • GPUPowerVR GX6250
  • Armazenamento Interno: 64 GB
  • Câmara: frontal de 5 MP e traseira de 13 MP
  • Interface:
    • 1 x USB Tipo-C
    • 1 x Jack 3,5mm
  • Conectividade
    • Wi-Fi 802.11 a/b/g/n/ac, dual-band, Wi-Fi Direct, hotspot e Bluetooth 4.0
  • Bateria: 6600 mAh
  • Dimensões: 200 x 132,6 x 6,95 mm
  • Peso: 328 g
  • Preço: cerca de 270€

Construção e Design

O Xiaomi Mi Pad 3 tem uma construção em metal, sendo bastante semelhante a um smartphone em ponto grande. Este tablet é bastante confortável na mão e apresenta umas medidas ideais para quem procura um tablet fácil de transportar.

Na parte frontal encontramos em cima a câmara de 5 MP e os sensores de luminosidade e proximidade, enquanto que em baixo se situam os três botões de navegação capacitivos.

Na lateral superior localiza-se a porta para jack de 3,5mm e na lateral inferior o conector USB tipo-C.

Na lateral esquerda não existe qualquer botão ou sensor, enquanto que na lateral direita se encontram os tradicionais botões de controlo do volume e de bloqueio/desbloqueio.

Por fim, na traseira posiciona-se a câmara principal de 13 MP, dois altifalantes e dois microfones.

Ecrã

O Mi Pad 3 traz um ecrã IPS de 7,9″ com resolução de 2048 x 1536 píxeis que apresenta um bom brilho, mantendo uma boa visibilidade nos espaços exteriores, e uma boa definição de imagem.

Para quem procura um tablet mais compacto e transportável, as dimensões deste ecrã são as ideais, permitindo uma boa proporção de imagem para consumir conteúdo multimédia, ler um e-book ou um artigo.

Interface e desempenho

A acompanhar o Mi Pad 3 vem um processador MediaTek MT8176, desenhado para tablets, acompanhado de uma GPU PowerVRGX6250 e de 4 GB de memória RAM que, em conjunto, oferecem um desempenho fluido, sem quebras ou outros problemas de desempenho.

Ainda sobre o processador, este representa um aspeto curioso neste tablet. O MT8176 é um SoC ligeiramente desconhecido desenhado especialmente para tablets e que promete um desempenho exemplar. Durante a utilização, o processador surpreendeu e cumpriu o prometido, podendo ser comparado, quer na sua organização de núcleo, quer no seu desempenho ao Qualcomm Snapdragon 650.

Em testes de benchmark, o Mi Pad 3 totaliza 80827 pontos no AnTuTu v6.2.7.

MIUI 8.2

A acompanhar este tablet, vem aquilo que, para mim, é um dos seus maiores defeitos. Embora seja de louvar o lançamento com Android 7.0 de fábrica, este tablet apenas tem disponível, como ROM oficial, a versão chinesa.

Ao iniciar o tablet pela primeira vez, este já vinha com a Play Store configurada, mas com um restauro de sistema esta foi apagada, tendo sido difícil voltar a colocar a funcionar a 100% devido ao Android 7.0. Para instalar os serviços e aplicações da Google recomendo o procedimento explicado neste tutorial.

Durante a utilização normal da Play Store, foram vários os momentos em que não foi possível descarregar aplicações, surgindo a informação de que o download estaria a aguardar uma ligação Wi-Fi, mesmo quando se encontrava ligado a uma rede deste tipo. Este é já um problema conhecido pela comunidade e transversal a vários modelos Xiaomi com Android 7.0, que deve ser resolvido numa próxima atualização.

De resto, o sistema tem um comportamento muito bom, com tudo a correr de forma fluida. Embora a MIUI seja uma interface algo pesada, fiquei positivamente admirado por ter livres 3,1 GB de RAM, estando o sistema a ocupar menos de 1 GB, algo que não é muito normal nos Xiaomi.

Câmaras

O Mi Pad 3 traz uma câmara de 13 MP na parte traseira e uma câmara de 5 MP da parte frontal. Este é também um dos pontos que este tablet tem menos positivo, com as câmaras a terem um comportamento razoavelmente bom com uma boa luz natural, mas com um desempenho baixo em condições de pouca luz. Embora este não seja o foco de utilização de um tablet, a qualidade fica um pouco aquém daquilo que era esperado.

A nível de software, o Mi Pad 3 traz uma aplicação para câmara idêntica à presente nos smartphones, mas que está muito limitada a nível de opções, sendo apenas possível focar e aplicar alguns filtros à imagem.

Autonomia

No lançamento deste tablet, a Xiaomi prometeu uma autonomia de 12h. Embora não tenha conseguido atingir esse valor, o tablet consegue atingir bons níveis de autonomia, tendo atingido uma duração média de 8/9h.

Este valor é resultado de uma utilização de redes sociais, navegador e alguns jogos, mas acaba por ser sempre um pouco relativo consoante o nível de utilização dada.

Veredicto

Para quem procura um tablet compacto e transportável, este é uma excelente opção, sendo ideal para ler, navegar na Internet, jogar alguns jogos ou consumir algum conteúdo multimédia.

A autonomia do Mi Pad 3 é, sem dúvida, uma vantagem, permitindo uma utilização descansada durante 8 a 9 horas.

O facto de apenas estar disponível a ROM Chinesa, representa claramente um aspeto negativo deste tablet, que embora seja possível contornar facilmente o problema, acabamos por esbarrar na dificuldade de configuração e utilização da Play Store, pelo menos até uma futura atualização que resolva os problemas, um vez que já estão identificados.

A câmara leva também uma nota mais baixa, uma vez que é bastante limitada em opções e a qualidade da fotografia é apenas razoável.

dav

No geral, o Mi Pad 3 traz uma boa construção, em metal, que conta com uma boa ergonomia, tornando-se confortável na mão. O desempenho não apresentou problemas, correndo tudo de forma fluida.

Este tablet pode ser adquirido por cerca de 270€, com envio a partir de armazém europeu. Pode ainda ter um desconto de 5€ utilizando o código PPLWARE. O Pplware agradece à Honorbuy a cedência do Xiaomi Mi Pad 3 para análise.

Xiaomi Mi Pad 3

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