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Xiaomi cria nova empresa satélite para a produção de chips e AIoT

Os processadores e a inteligência artificial aplicada à internet das coisas (AIoT). A princípio, estes são os dois vetores da nova empresa detida pela Xiaomi. Agora, com o intuito de se tornarem mais independentes face a outras fabricantes, a gigante chinesa investiu 1,5 mil milhões de dólares da sua nova empresa, a Dayu.

É um reforço para a subsidiária criada em 2014, a Pinecone, agora reorganizada. Assim, parte da atual equipa será transferida para a nova empresa – Dayu – de acordo com o anúncio da própria a 9 de abril.


Esta nova empresa da Xiaomi focar-se-á sobretudo na AIoT, procurando novas aplicações como, por exemplo, altifalantes inteligentes. Ao mesmo tempo, a Pinecone manterá as funções enquanto fonte de investigação e produção de plataformas móveis ou processadores para dispositivos móveis como os smartphones. Porém, contará também com o apoio da Pinecone com vista a integrar esta AIoT nos chips da empresa-mãe.

Dayu (peixe grande) – a nova empresa do grupo Xiaomi

Entretanto, a Xiaomi deterá um total de 25% da Dayu, mantendo a nova empresa sob a sua alçada. Note-se que a subsidiária terá, ainda assim, um elevado grau de autonomia. Algo que se traduzirá na procura de fontes de financiamento externo, recorrendo, por exemplo, às empresas dedicadas ao investimento financeiro.

Já de acordo com a Technode, as fontes de financiamento serão diversas, tendo muitas delas já expressado a sua vontade em investir na Dayu. Assim, com a coordenação da Xiaomi, a nova subsidiária usufruiu de uma posição confortável ao ser um dos braços direitos da tecnológica chinesa.

Até agora, todas as três grandes fabricantes mundiais de smartphones já criaram as suas próprias soluções de chips e processadores. Nós (Xiaomi), devemos desenvolver a nossa própria tecnologia para estar entre as maiores empresas – Lei Jun, em fevereiro de 2017.

Estas declarações do CEO da Xiaomi foram feitas aquando do lançamento do seu primeiro processador, o Surge S1. Um produto que, de acordo com a Tencent Tech, foi o fruto decerta de dois anos e meio de desenvolvimento e investigação.

Os chips e a AIoT na Xiaomi, entre a Dayu e a Pinecone

Agora, em 2019, as fabricantes chinesas estão a desenvolver soluções cada vez mais personalizadas. Ao aplicar um software gradualmente mais ajustado às suas necessidades, torna-se necessário um hardware igualmente capaz. Mais ainda, perante o advento das redes 5G as empresas estão a optar por soluções próprias.

Por fim, a Xiaomi já se afirma como uma empresa de smartphones e soluções de internet. Além disso, apresenta uma forte componente dedicada à produção de dispositivos físicos, vários equipamentos para o lar e domótica. Nesse sentido, aposta na IoT, a internet das coisas com vista à aplicação nos seus produtos.

Uma aposta que, em última análise, poderá ajudar a Xiaomi a escapar à gradual saturação do mercado de smartphones. Sintomática que tem vindo a ser apontada por várias agências de análise de mercado como, por exemplo, a IDC.

Com o mercado de smartphones a apresentar claros sinais de abrandamento, é compreensível vermos a Xiaomi a apostar cada vez mais nos eletrodomésticos, robôs e na domótica geral. Assim, compreende-se também a necessidade de novos chips e a sua vontade de aplicar a AIoT a esses produtos.

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