Todos os smartphones necessitam sempre de dois tipos de memória, a memória RAM, que permite ler e escrever dados rapidamente e só pode ser utilizada enquanto o equipamento estiver ligado (pois não consegue armazenar informação caso seja privada de energia) e depois a memória de armazenamento, que embora não seja tão rápida como a RAM, permite o armazenamento da informação, mesmo sem energia.
Neste contexto, a OnePlus, com o seu o novíssimo OnePlus 5, deu a conhecer o seu novo chip de armazenamento, utilizando a tecnologia UFS 2.1. Sabe de que tecnologia se trata?
O que é a tecnologia UFS?
UFS, ou Universal Flash Storage, é um padrão de armazenamento desenvolvido pela JEDEC Solid State Technology Association. Este padrão foi construído com o intuito de substituir o sistema eMMC (embedded Multi-Media Controller) que consiste, em traços gerais, num estilo de “cartão de memória” integrado dentro do próprio equipamento que tem as memórias flash mas incorpora também o respetivo controlador. O UFS determina como o chip de armazenamento, compatível com UFS de um dispositivo, se liga e interage com o resto do sistema.
O UFS 1.0 foi anunciado em 2011 e em 2013 foi introduzida a versão 2.0 deste padrão, que é 4 vezes mais rápido que o anterior. Mas só em 2015 é que este padrão fez a sua estreia, no Samsung Galaxy S6. Hoje, o UFS 2.1, mais recente, é usado não só no OnePlus 5, mas também vários topos de gama, como o Galaxy S8, Xperia XZ Premium, o Huawei P10 e o HTC U11.
UFS – É rápida quanto?
O UFS destina-se a substituir o eMMC – uma tecnologia de armazenamento mais antiga e ainda amplamente utilizada. Enquanto o eMMC é mais barato e mais fácil de implementar, é consideravelmente mais lento, tanto na teoria como na prática.
Recentemente descobriu-se que o Huawei P10 vem com armazenamento UFS ou eMMC, aparentemente, dependendo do tipo de componente que a linha de montagem tivesse disponível no momento da “assemblagem”. Com isso podemos agora comparar as suas tecnologias no mesmo equipamento.
À esquerda estão os resultados do UFS 2.1 e no centro, o UFS 2.0. À direita são de um P10 usando o armazenamento eMMC. (Em testes de leitura / gravação, números maiores indicam melhor desempenho. Nos testes SQLite, os resultados mais baixos são melhores).
Uma das razões para que o UFS seja mais rápido é a forma como este comunica com o resto do hardware. O eMMC só pode ler ou escrever, não podendo fazer as suas operações em simultâneo, por sua vez, o armazenamento UFS permite que os dados sejam escritos e lidos em simultâneo.
É notável que o UFS 2.0 ou 2.1 permitam o uso de duas vias, como o caso do OnePlus5, onde existem duas linhas para gravação e duas para escrita
Qual o benefício desta tecnologia?
Naturalmente, o armazenamento mais rápido traduz-se em melhor desempenho e, enquanto o eMMC é rápido o suficiente para uso generalizado, na gravação de vídeos 4k ou fotos em serie, a velocidade de escrita é essencial. À medida que as aplicações ficam mais complexas, é necessário cada vez mais velocidade e capacidade de resposta. A evolução da Realidade Virtual e Realidade Aumentada também faz com que seja necessária esta tecnologia, permitindo assim cada vez mais velocidade nos acessos à memória.
O seu smartphone já possui esta tecnologia?