É comum ouvir-se dizer que os smartphones “fazem mal” à vista e ao cérebro. Para uma utilização mais cómoda dos equipamentos à noite, os sistemas passaram a disponibilizar o “modo noturno”. Este modo substitui a luz azul por uma luz mais amarelada. No entanto, segundo um estudo recente, o “modo noturno” pode baralhar os padrões de sono!
Usa o smartphone ou o tablet antes de ir dormir?
Afinal a cor azul é melhor que a amarelada nos smartphones?
Os ecrãs dos smartphones são desenvolvidos de forma a que seja possível utilizá-los em qualquer situação, mesmo em condições de luz muito intensa. Para que tal seja possível é emitida luz azul brilhante e é esta a responsável por alguns problemas que tendem a afetar o nosso corpo e cérebro em particular.
A teoria diz que a luz amarelada não desperta tanto o cérebro, mas tal conclusão pode estar errada. Segundo o estudo “Cones Support Alignment to an Inconsistent World by Suppressing Mouse Circadian Responses to the Blue Colors Associated with Twiligh“, a cor amarela pode influenciar negativamente os padrões de sono.
O estudo vai mais longe e afirma inclusive que o filtro amarelo pode ser mais prejudicial que o azul.
O estudo da Universidade de Manchester foi publicado na revista científica Current Biology e teve como cobaias ratos. Os animais foram expostos a várias cores de luz com intensidades semelhantes. Ao contrário do que se esperava, a conclusão é que a cor amarelada pode influenciar negativamente os padrões de sono.
Até à data, a escolha da cor amarelada devia-se à reação que a proteína melanopsina tem relativamente à intensidade da luz. De acordo com informações, esta proteína tem uma maior resposta circadiana quanto deteta luz com menor comprimento de onda.
Os investigadores concluíram que a cor da luz não é assim tão importante. Neste processo, deve-se ter em atenção é a intensidade da luz. Em ambientes mais escuros, a luz azul parece ter vantagem sobre a luz amarela.
A existir uma validação do estudo, isto significa que a cor amarelada pode deixar de fazer parte dos “modos noturnos”. Isto levará certamente à criação de novos modos e também de novas interfaces.