O ímpeto dos smartphones Samsung Galaxy S10 é fraco. Ao mesmo tempo, as soluções e chips de memória também abrandaram, por conseguinte, os lucros da empresa caíram acentuadamente. Estes são os dados que se retiram do relatório fiscal oficial da gigante sul-coreana e que já tinham sido apontados na sua previsão.
Em seguida abordaremos as conclusões agora apresentadas pela própria tecnológica.
Indo ao encontro das previsões oficiais, os lucros da Samsung caíram 56% durante o segundo trimestre de 2019. Mais concretamente, os lucros foram de 5,56 mil milhões de dólares durante o período em análise. Isto é uma cifra que levanta preocupações no seio da sul-coreana, com o mercado mobile a ser parcialmente culpado.
Os Galaxy S10 arrastaram a Samsung no 2.º trimestre de 2019
Em jeito de comparação, no período homólogo de 2018, os lucros foram de 13,3 mil milhões de dólares. Assim sendo, vemos uma contração para menos de metade dos valores apurados no ano passado. A culpa, por sua vez, é atribuída à diminuição das vendas no setor flagship com os atuais Samsung Galaxy S10.
Por conseguinte, do relatório oficial consta uma diminuição de 42% nos lucros auferidos pelo setor / departamento dos smartphones e dispositivos móveis. Ainda assim, apurou-se também um aumento de 8% nas receitas geradas neste mesmo departamento mobile, mas graças às vendas da série Galaxy A.
Por outras palavras, não fossem os smartphones de gama média e o panorama seria ainda pior. Felizmente, para a marca, esta gama de dispositivos está a atrair os consumidores. Algo que se deve ao equilíbrio entre o preço e qualidade dos vários Samsung Galaxy A atualmente disponíveis no mercado.
Também o departamento dos semicondutores estagnou
Agravando o já de si mau panorama fiscal, também este setor abrandou. Aqui temos as soluções e chips de memória, circuitos integrados e vários outros componentes utilizados no fabrico de smartphones. Por conseguinte, com o mercado mobile ligeiramente em quebra, a procura pelos componentes também diminui.
Esta tendência, diminuição na procura, vez baixar os preços das soluções de memória. Portanto, para a Samsung, foi uma perda dupla, com menos volume expedido e preços de venda mais baixos para os componentes. Ainda assim, este departamento totalizou 13,6 mil milhões de dólares em receitas.
O valor, ainda que considerável, empalidece perante o período homólogo de 2018. Aí, a Samsung totalizou 18,59 mil milhões de dólares em receitas auferidas durante o 2.º trimestre do ano passado. Agora, a empresa antevê uma ligeira, mas consistente, recuperação deste setor durante a segunda metade de 2019.
A falta de ímpeto dos smartphones Galaxy S10
Reconhecendo um aumento da competição no mercado de smartphones, a Samsung dependeu das suas soluções de gama média. Enquanto isso, os Galaxy S10 não tiveram a tração prevista junto dos consumidores. Além disso, e diminuindo os lucros, a Samsung aponta um aumento das despesas com o marketing.
Isto é, a marca apostou mais em publicidade, em distribuição do produto e divulgação do mesmo. No entanto, os resultados foram completamente adversos, vendendo-se menos smartphones de topo, por mais publicidade que lhe façam. Portanto, foi uma aposta errada nos canais de marketing e publicidade escolhidos.
Já, por outro lado, os smartphones mais económicos venderam mais. Algo que também pode evidenciar uma refuta, por parte dos consumidores, em investir quantias cada vez maiores num novo smartphone topo de gama como, por exemplo, um Galaxy S10.
O setor “premium” dependerá do Galaxy Fold e dos Note 10
Falhando os Galaxy S10 em aumentar a procura no setor premium, o testemunho passará agora para os Note 10 e, posteriormente, para o Galaxy Fold. Contudo, os preços destes terminais serão ainda mais exigentes para os bolsos dos consumidores. Assim sendo, temos aqui um elevar da fasquia por parte da tecnológica.
Já, por outro lado, a empresa registou bons resultados no setor dos ecrãs. Com soluções como os seus ecrãs OLED a aumentarem e a melhorarem o desempenho fiscal. Neste ponto, a Samsung atribui a boa prestação às fortes vendas dos ecrãs OLED rígidos, utilizados pelas mais variadas fabricantes de smartphones.
Ainda assim, a empresa coloca reservas quanto ao futuro. Apesar de contar com a recuperação gradual do segmento das soluções de memória NAND e DRAM, deixa antever novos desafios. Fatores que atribui às tribulações enfrentadas pela economia global e de difícil previsão.
As incertezas de mercado e os bons resultados dos ecrãs OLED
Em síntese, registam-se os valores trimestrais mais baixos desde o escândalo Note 7 em 2016. Algo que não impede a Samsung de olhar agora em frente, esperançosa com o advento do 5G. Graças a estas soluções e novo padrão de redes, a empresa espera que também o mercado de smartphones volte a despontar.
Enquanto isso, a aposta no departamento de ecrãs continuará a aumentar os seus resultados. Neste ponto, a empresa espera que os fabricantes optem por painéis mais finos para mitigar as restrições de design impostas pelos equipamentos 5G. Isto é, a necessidade de utilizarem, por exemplo, baterias de maior volume.
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