A versão base do smartphone OnePlus 7 Pro custa atualmente ao público 699 euros a partir da sua loja oficial. No entanto, o somatório dos componentes utilizados na construção deste terminal Android é de 324,21 dólares, ou cerca de 287,6 euros à atual taxa de conversão no seu “caderno de encargos”.
Como se explica tamanha diferença entre o custo de produção e o preço de venda ao público?
É um dos melhores produtos alguma vez concebido pela tecnológica chinesa. No entanto, é também um dos seus produtos mais caros, ainda que as suas especificações sejam dignas de nota. Isto é, temos aqui um smartphone Android topo de gama, primando pelo ecrã Quad-HD+, AMOLED de 6,7 polegadas.
As premissas do smartphone OnePlus 7 Pro
Qualidade sem compromisso. Esse é um dos lemas da OnePlus e isso nota-se no seu novo smartphone Android. Com a variante base da versão Pro a custar 699 euros, já estamos dentro dos topos de gama com preço premium. Contudo, em troca continuamos a ter caraterísticas técnicas surpreendentes.
Veja-se, sobretudo, o seu ecrã com uma taxa de atualização de 90 Hz para que as imagens sejam apresentadas com uma fluidez irrepreensível. Aliás, é raro termos um smartphone Android, ou iOS, com um ecrã deste género a não ser no nicho dos smartphones para jogos.
Introducing the #OnePlus7Pro. https://t.co/qUgiGqfHDz pic.twitter.com/laOTcAqOEc
— OnePlus (@oneplus) May 14, 2019
São configurações ideais para jogadores, com uma apresentação de conteúdos até 50% mais fluída do que outros smartphones. Há ainda uma câmara tripla na sua traseira, bem como uma câmara frontal pop-up de 16 MP. Tudo isto em várias configurações, começando nos 6 GB de memória RAM e 128 GB.
Caraterísticas de topo, sem compromissos
Já na versão de topo, este smartphone Android pode ser configurado até 12 GB de memória RAM, bem como 256 GB de armazenamento interno. De igual modo, em todas as configurações temos uma bateria de 4000 mAh de capacidade para manter o terminal a funcionar e claro, o Snapdragon 855.
Ao nível dos preços, a versão base do OnePlus 7 Pro custa 699 euros, ao passo que a versão intermédia (8 GB + 128 GB) custa 749 euros. Por fim, a versão de topo custa 819 euros, aqui com 12 GB de memória RAM e o valor máximo de armazenamento, 256 GB.
Smooth bounce! pic.twitter.com/1GxSIVPQUl
— OnePlus (@oneplus) July 3, 2019
Ora, com tantas especificações de topo seria de esperar que a OnePlus tivesse uma magra margem de lucro. Contudo, de acordo uma recente publicação no Twitter, o custo do smartphone Android é consideravelmente inferior. Note-se, todavia, que estamos apenas a considerar os componentes.
Quando custa produzir um OnePlus 7 Pro?
De acordo com a lista recentemente divulgada, o custo de produção do OnePlus 7 Pro na sua versão base (6 GB + 128 GB) fica-se pelos 324,21 dólares. Este é o somatório do preço individual dos vários componentes utilizados no terminal, sendo a peça mais cara o ecrã – 80 dólares.
Fabricado pela Samsung, o ecrã AMOLED lidera o caderno de encargos. Em seguida, temos a câmara tripla, custando 27,29 dólares por cada conjunto. Segue-se o módulo de 6 GB de memória RAM LPDDR4X por cerca de 26 dólares. Já o armazenamento interno (128 GB) custa cerca de 20 dólares.
https://twitter.com/I_Leak_VN/status/1149676011392401411
Salientamos ainda o custo do processador, em cerca de 70 dólares por unidade. Aliás, a seguir ao ecrã, o Snapdragon 855 é o componente mais caro do smartphone Android. Somando assim todos os componentes empregues temos um total de 324,21, ou cerca de 287,6 euros.
O que fica de fora da equação?
Desde a mão de obra, à Pesquisa e Desenvolvimento, ou o marketing, assistência pós-venda e custos de envio, entre outros encargos variados. Ainda assim, com a produção da versão base deste smartphone Android a OnePlus consegue retirar uma sólida margem de lucro em cada unidade.
Já, por outro lado, fabricantes como a Xiaomi restringem-se a uma margem de lucro máxima de 5% por unidade. É, portanto, o cenário oposto da OnePlus, ou do exemplo paradigmático, a Apple. Veja-se que a tecnológica de Cupertino arrecada margens superiores à da OnePlus.
São filosofias distintas em cada uma das fabricantes. Mesmo assim, vemos na OnePlus um caminhar para o segmento premium, seguindo o exemplo da Apple, ao passo que a Xiaomi continua a aplicar a sua austera política de limitação da margem de lucro, ainda que tal possa vir a mudar.
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