A privacidade tem estado no topo das preocupações dos utilizadores. Estes querem garantir que os seus dados são mantidos nos equipamentos e que as gigantes da indústria não os recolhem para proveito próprio.
Mesmo com todas as afirmações e garantias que vão sendo dadas, fica sempre a ideia de que existe uma recolha e aproveitamento. Um estudo recente veio confirmar isso e mostrar que o iOS do iPhone recolhe muito menos dados que o Android no campo dos smartphones.
Afinal, onde está a privacidade nos smartphones?
Esta conclusão pode parecer algo óbvia e algo que todos sabem, mas a verdade é que mostra uma realidade muito interessante. Um estudo do Trinity College de Dublin veio mostrar que o iOS no iPhone recolhe muito menos dados que o Android.
Os dados que o Professor Douglas Leith e a sua equipa recolheram revelaram que os smartphones Pixel da Google recolhiam cerca de 1 MB de informações mesmo estando inativos. Já o iPhone capturava apenas 52 KB no mesmo período. Ainda assim, e mesmo com esta diferença, o iPhone não é necessariamente mais seguro do que o Android.
iPhone e Android recolhem dados constantemente
De acordo com o estudo, os dados que mais frequentemente são recolhidos estão associados aos dados das operadoras, como a escrita de passwords e números de telefone. Além disso, são também obtidos dados como o número de série do hardware, IMEI e o endereço Mac do Wi-Fi.
Algo que espantou todos os investigadores foi a frequência com que os dados são recolhidos pelos equipamentos. O estudo revela que este processo acontece com demasiada frequência em média, a obtenção dos dados é feita a cada 4 minutos e meio.
A Google já reagiu a este estudo e aos dados
Confrontada com esta informação, a Google já reagiu às informações apresentadas. Argumenta que esta recolha de dados é feita para proteção dos utilizadores. Tal como os carros hoje recolhem informação para proteger os ocupantes, também o Android o faz para resguardar os utilizadores dos smartphones.
A Apple, entretanto, optou por não comentar as conclusões apresentadas. Este estudo mostra que estamos longe de ter privacidade e toda a recolha é feita de forma compulsiva, sem qualquer controlo do utilizador.